Hughes nasceu em 18 de fevereiro de 1950, em Lansing, Michigan, filho de Marion Crawford, uma voluntária em trabalhos de caridade, e do vendedor John Hughes Sr., sendo o único menino em uma família de três irmãs.[3] Ele cresceu num bairro de Grosse Pointe onde só haviam meninas e pessoas idosas, o que fez Hughes passar muito tempo sozinho e usar a imaginação para se divertir. Posteriormente, ele e sua família se mudaram para o subúrbio de Chicago, onde Hughes ingressou no ensino médio e tornou-se fã dos Beatles, algo que o ajudou a se enturmar e lhe deu inspiração para os futuros filmes que viria a criar.[4]
Na adolescência, Hughes recorreu ao cinema para fugir de sua realidade. Segundo seu amigo de infância, Jackson Peterson, “A mãe e o pai dele o criticavam muito (...) Ela [Marion] criticava tudo que John gostava de fazer”. Além dos Beatles, ele era fã de Bob Dylan, John Lennon e Pablo Picasso, além de saber muito sobre filmes e sobre o Rat Pack.[1]
Carreira
Começou escrevendo, nos anos de 1970, para a revista National Lampoon, e trabalhou como diretor de criação em uma agência de publicidade.
Roteirista
No início da década de 1980, começou a produzir roteiros, algumas vezes com o pseudônimo de "Edmond Dantès", uma homenagem ao personagem principal de O Conde de Monte Cristo,
Tímido e nerd, era uma pessoa comum em sua vida pessoal, e assim, seus personagens contém muito das suas características. Outra característica dos seus filmes é a apresentação de cenas extras, após os créditos finais. Foi um dos diretores que mais influenciou a geração que teve a adolescência durante a década de 80.
Vida pessoal
Em 1970, Hughes, então com 20 anos, casou-se com a líder de torcida Nancy Ludwig, que ele conheceu no ensino médio. Juntos, tiveram dois filhos: John Hughes III (nascido em 1976) e James Hughes (nascido em 1979). Eles viveram juntos até sua morte em 2009. Nancy Hughes morreu em 15 de setembro de 2019.[1]
Morte e legado
Morte
Em 5 de agosto de 2009, Hughes e sua esposa viajaram para a cidade de Nova Iorque para visitar seu filho James e seu novo neto. James disse que seu pai parecia estar com boa saúde naquela noite e que a família havia feito planos para o dia seguinte. Na manhã do dia 6 de agosto, Hughes estava caminhando perto de seu hotel em Manhattan quando sofreu um ataque cardíaco.[2][6] Hughes foi levado às pressas para o hospital, não resistindo e vindo a falecer aos 59 anos. O funeral de Hughes foi realizado em 11 de agosto, em Chicago.
Ele foi enterrado no Cemitério Lake Forest, onde na ocasião estiveram presentes sua esposa, dois filhos e seus netos.[7]
Repercussão e homenagens
Após a morte de Hughes, muitos dos que o conheceram comentaram sobre o impacto que Hughes teve sobre eles e sobre a indústria cinematográfica. Molly Ringwald disse: "Fiquei surpresa e muito abalada quando soube de sua morte. Ele foi e sempre será uma importante parte de minha vida. Sua falta será sentida não só por mim, mas por todos que foram tocados por seus filmes".[8]Matthew Broderick também comentou sobre a morte dele, dizendo: "Estou realmente chocado e triste com a notícia sobre meu velho amigo Hughes. Ele era um cara maravilhoso e muito talentoso".[9]
O 82º Oscar (2010) homenageou Hughes e suas obras.[10] Uma retrospectiva com cenas de diversos filmes de Hughes foi assistida pelos atores com que ele mais trabalhou, incluindo Molly Ringwald, Matthew Broderick, Macaulay Culkin, Judd Nelson, Ally Sheedy, Anthony Michael Hall e Jon Cryer, que se reuniram no palco para ovacionar Hughes e suas contribuições para a indústria cinematográfica de Hollywood.[10]
A comédia Easy A (2010), estrelada por Emma Stone, prestou uma homenagem a Hughes e seus filmes no final, onde a personagem de Stone afirmou que desejava que sua vida fosse um filme do diretor. Off.[11]
A banda britânica The 1975 citou Hughes como uma influência para o grupo. Kelly Fremon Craig, que escreveu e dirigiu The Edge of Seventeen, também citou Hughes como influência.[12]