Joana de Barros Baptista (Lisboa, 16 de setembro de 1935 — Lisboa, 28 de julho de 2024) foi uma professora e defensora dos direitos da mulheres, em Portugal. Participou na criação do primeiro mecanismo oficial para a igualdade entre mulheres e homens, em Portugal. Em 2021, foi condecorada com a Ordem da Liberdade.
Percurso
Joana de Barros Baptista nasceu em Lisboa a 16 de setembro de 1935.[1] Filha de Luísa de Morais Sarmento e de Henrique de Barros, e neta de João de Barros.[1] Licenciada em Filolofia Clássica, foi docente do ensino secundário, no Liceu de Oeiras, e, posteriormente, no ensino superior, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[2][3]
Em 1969, foi candidata suplente a deputada à Assembleia Nacional pela Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD).[3]
Esteve envolvida pessoalmente na criação do decreto-lei nº 485/77 - oficialmente, o primeiro mecanismo promotor de igualdade entre mulheres e homens em Portugal, que criou as bases para a Comissão da Condição Feminina, mais tarde tornada Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres e posteriormente, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).[1][2]
Entre 1979 e 1985, Joana de Barros Baptista foi presidente da já referida Comissão da Condição Feminina e, em 1997, foi Alta-Comissária para as Questões da Promoção da Igualdade e da Família.[1][2][4]
Em 1999, prefaciou o II Relatório de Portugal Sobre a Aplicação da Convenção dos Direitos da Criança.[5]
Em Novembro de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou Joana de Barros Baptista com a Ordem da Liberdade, devido ao seu "empenho na defesa dos direitos das mulheres em geral e das portuguesas em particular".[1][2]
Faleceu a 28 de julho de 2024. As cerimónias fúnebres decorreram no Centro Funerário de Cascais, tendo sido em seguida cremada.[1][6] O presidente Marcelo Rebelo de Sousa manifestou pesar pela sua morte e recordou-a com "profunda saudade", como tendo uma "visão profundamente humanista" e se tendo "destacado na promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva, em particular na igualdade entre mulheres e homens".[7]
Referências