Em 1412, nasce em Domrémy, na França, uma menina chamada Joana. Ainda jovem, ela desenvolve uma fé tão intensa e fora do comum que fazia se confessar várias vezes por dia.
Eram tempos muito difíceis, pois a Guerra dos Cem Anos com a inimiga de sempre Inglaterra prolongava-se desde 1337. Em 1420, Henrique V e Carlos VI de França assinam o Tratado de Troyes, declarando que após a morte do rei, a França pertencerá a Inglaterra. Todavia, ambos os reis morrem e Henrique VI é o novo rei dos dois países rivais, mas tem poucos meses de idade e Carlos, o delfim de França, não deseja entregar de mãos beijadas o seu reino a uma criança.
Desta forma, os ingleses invadem o país e ocupam Compiègne, Reims e Paris, com o rio Loire conseguindo deter o avanço dos invasores. Carlos foge para Chinon, mas ele quer é ir para Reims, onde por tradição os soberanos franceses são coroados, mas como os ingleses dominam toda a região envolvente, isto torna-se um problema grave para ser contornado. Até que aparece Joana que, além de se autointitular a "Donzela de Lorraine" tinha uma determinação e fé inabalável e dizia que estava numa missão divina para libertar a França da opressão dos ingleses.
Desesperado por uma solução, o delfim aceita lhe dar um exército, com o qual ela consegue recuperar a cidade de Reims, onde o delfim é coroado rei. Mas se finalmente para ele os problemas tinham acabado, para Joana seria o início do fim.
Joana d'Arc é contemporânea da Guerra dos Cem Anos, longa disputa entre Inglaterra e França. Heroína dessa guerra, foi presa pelos borguinhões e condenada à fogueira por prática de bruxaria. Contudo, cinco séculos depois, o processo que a condenou foi invalidado e ela foi canonizada como santa pelo Papa Bento XV.
Precisão histórica
A cena em que Joana testemunha o assassinato e o estupro póstumo de sua irmã por soldados ingleses em sua aldeia é inteiramente uma construção fictícia.[2][8][1] Joana e sua família fugiram de sua aldeia antes que ela fosse atacada[9] e na verdade foi atacada pelos borgonheses, não pelos ingleses.[1] No filme, Joana é vista tendo visões quando criança; na verdade, Joana afirmou que essas visões começaram por volta dos 13 anos. Ela também é vista encontrando sua espada em um campo quando criança, enquanto, historicamente, ela foi descoberta muitos anos depois em sua jornada para Chinon.[8]Filipe o Bom é retratado como irreligioso, quando na verdade era um católico devoto.[10]
Hayward dá crédito a Besson por mostrar a colaboração entre os borgonheses e os ingleses com mais precisão do que cineastas anteriores.[1] Muitas falas durante as cenas do julgamento de Joan foram retiradas literalmente da transcrição real do julgamento de Joan.[2] Joana é mostrada recebendo os dois ferimentos que recebeu na vida real (uma flecha acima do peito e uma flecha na perna), e o filme inclui alguns dos relatos do século XV associados a Joana, como a capacidade de reconhecer Carlos VII entre um grupo de seus cortesãos em Chinon.[2] O exame da virgindade de Joana foi um verdadeiro teste que Joana teve que completar para provar seu mérito.[2]
Recepção
Bilheteria
O filme arrecadou US$14,276,317 nos Estados Unidos, além de mais US$ 52,700,000 arrecadados no restante do mundo, com um faturamento total de US$ 67 milhões, bem abaixo do esperado.[3]
Crítica
The Messenger dividiu a opinião dos críticos. No site Rotten Tomatoes, o filme tem uma média de 32% de aprovação, baseado em 76 críticas. O consenso afirma: "A narrativa pesada desmorona sob seu próprio peso."[11] Já no Metacritic, o filme tem uma pontuação de 54, com base em 33 resenhas, indicando recepção "mista ou média".[12]
↑Haydock, Nickolas (Verão de 2007). «Shooting the Messenger: Luc Besson at War with Joan of Arc». Exemplaria. 19 (2): 243–269. doi:10.1179/175330707X212859
↑Van Loo, Bart (2020). De Bourgondiërs. Amsterdam: De bezige bij. 228 páginas. ISBN9789403139005