Ele era um clérigo do ramo acadêmico e filosófico da hierarquia da Igreja que ascendeu até o topo.[1] Ele buscou reverter a tendência secularizante ao proibir o clero de atuar como advogados nas cortes civis. Acadêmico por toda vida, ele tentou restaurar a grande, mas dispersa, coleção de livros da capital, uma vez que não existia uma biblioteca central em Constantinopla. Ele tornou habitual a compra de coleções de livros de homens poderosos recém-falecidos e colocou os empregados do patriarcado para recopiá-los. Estas medidas expandiram enormemente a abrangência dos títulos mantidos na Grande Igreja.[2]
Nos assuntos religiosos, ele defendeu a tendência de tornar o clero patriarcal - e não as comunidades monásticas - a principal autoridade da Ortodoxia.[3] João também convocou um sínodo em Constantinopla em 1117 que condenou a doutrina de Eustrácio de Niceia como sendo nestoriana, a despeito da defesa feita por João.[4] Durante o seu patriarcado, alguns esforços foram feitos pelo imperador bizantinoAleixo I Comneno para tentar reverter o cisma entre o ocidente e o oriente, mas sem sucesso, principalmente pela insistência do papa Pascoal II, em 1112, para que o patriarca de Constantinopla reconhecesse a primazia do Papa sobre "todas as Igrejas de Deus por todo o mundo". Isto era algo que ele não poderia fazer, pois enfrentava a oposição da maioria do clero secular, dos monges e da população laica.[5]