Javaquécia estava no vale superior do rio Ciro[2] e era dividida em Alta e Baixa Javaquécia/Eruxécia. Segundo Cyril Toumanoff, nos séculos IV/III a.C. pertencia ao Reino da Ibériafarnabázida e estava sob o Ducado de Cunda, na Alta Ibéria. [3] No século II a.C., o Reino da Armêniaartaxíada conquista a Alta Javaquécia e adiciona à Marca Mósquia.[4] No século I, foi recuperada pela Ibéria, mas no século II a Armênia armênia retoma-a.[5] Segundo Moisés de Corene, era um apanágio guxárida, os descendentes de Haico.[6] Eremyan propôs que a Javaquécia Inferior também pertenceu a Armênia como distrito de Gogarena, mas foi perdida em 363 com Xavexécia e Paruar.[7] Em 387, a Alta Javaquécia, que à época também era distrito de Gogarena, quebra seu vínculo com a Armênia.[8] Segundo Eremyan, a Alta Javaquécia tinha 2 675 quilômetros quadrados e a Javaquécia Inferior tinha 1 400.[9]
A Javaquécia Inferior foi incorporada ao arquiducado em 522 e ca. 530 toda a região estava sob controle da dinastia guarâmida.[5] À época, o reiDachi(r. 522–534) deu Javaquécia a seu irmão Mitrídates VI.[10] Em 588, o príncipe da IbériaGurgenes I(r. 588–590), sobrinho de Mitrídates, era senhor de Colarzena e Javaquécia.[11][12] Cerca de 813/830, estava sob controle dos bagrátidas da Ibéria.[5] Os bagrátidas mantinham Colarzena e Javaquécia,[13] que no começo do século IX estava sob Gurgenes V, filho do príncipe Asócio I(r. 813–826).[14] No século X, estava sob Gurgenes II(r. 918–941), e com sua morte essa propriedade é legada aos outros membros vivos de sua família.[15]
Estava ao sul e sudeste de Mingrélia, alcançando a oeste as montanhas Arsiani e a leste o lago Panavari. Possuía muitas fortalezas, a principal delas Cunda; a Javaquécia Inferior foi batizada Eruxécia em homenagem a uma dessas fortalezas.[16] Ao sul da Alta Javaquécia estava Artani e a nordeste estava Trialécia (Trelca).[17]Cyril Toumanoff sugeriu, apoiando teorias precedentes, que os antigos diauequi das fontes do Reino de Urartu e os daiaeni das fontes do reinado do rei da AssíriaTiglate-Pileser I eram o mesmo povo. Além disso, pensou-ele, a medida que Urartu impôs pressão nessa confederação tribal, ela dividiu-se em dois grupos, um que dá origem aos taocos de Taique/Tao, e outro que dá origem a Javaquécia; propôs que os daiaeni deram origem aos taocos e os diauequi deram origem a Javaquécia.[18]
Correia, Paulo (2024). «Geórgia - ficha do país»(PDF). A Folha: Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (74)
Hewsen, Robert H. (1992). The Geography of Ananias of Širak. The Long and Short Recensions. Introduction, Translation and Commentary. Wiesbaden: Dr. Ludwig Reichert Verlag
Rapp, Stephen H. (2000). «Sumbat Davitis-dze and the Vocabulary of Political Authority in the Era of Georgian Unification». Journal of the American Oriental Society. 120 (4)
Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press