Isabelina, também conhecida como isabela, é um cinza amarelado pálido, fulvo pálido, marrom creme pálido ou cor de pergaminho. É encontrada principalmente na coloração de animais de pelagem, particularmente na cor de plumagem em aves e, na Europa, em cavalos. Ela também tem historicamente sido aplicada à moda. O primeiro registro conhecido da palavra foi em 1600 como "cor isabela"; esse uso, mais tarde, tornou-se intercambiável na literatura com "isabelino" após o último ser introduzido na impressão em 1859. A origem da palavra não é clara; a incerteza tem gerado várias tentativas para fornecer uma etimologia e acabou levando a uma lenda proeminente.
Uso e origens
O primeiro registro do uso de isabella como o nome de uma cor em inglês foi no ano de 1600, para descrever um item do guarda-roupa de Isabel I da Inglaterra: "um vestido de cetim cor Isabela ... com lantejoulas prateadas".[1]Isabelina como um termo derivado foi usado pela primeira vez na revista Ibis em 1859, por Henry Baker Tristram, para descrever a cor comum da plumagem superior nas aves do Norte de África.[2]
Algumas teorias foram propostas para a origem do nome da cor. De acordo com uma lenda popular, o nome vem da Infanta Isabel Clara Eugênia da Espanha; durante o Cerco de Oostende, que se iniciou em julho de 1601, alega-se que Isabel prometeu não trocar sua camisola até o cerco terminar, esperando uma vitória rápida para o seu marido Arquiduque Alberto da Áustria. Como o cerco durou mais de três anos, terminando finalmente em setembro de 1604, afirma-se que a descoloração da sua camisola nesse intervalo levou à designação da cor.[3][4] No entanto, esta teoria foi dispensada pelo Oxford English Dictionary pois a palavra já estava em uso antes do cerco começar. Uma variação da lenda refere-se a Isabel I de Castela e o cerco de oito meses de Granada por Fernando II de Aragão, começando em abril de 1491. Este cerco terminou em janeiro de 1492 e, novamente, alega-se que resultou em uma camisola superutilizada pertencente a uma Isabela.[5]
Outras teorias focam em animais perto da cor como a origem da palavra. Em 1904, vários escritores da revista Notes and Queries, instigados por uma questão de etimologia, debateram que a palavra pode ter começado como uma corrupção da palavra zibelino (um acessório de pele de mustela), observando a semelhança de cor e a popularidade do acessório no período em que a palavra entrou em uso pela primeira vez.[6] O etimologista Michael Quinion informou que certas fontes sugeriram que uma suposta palavra árabe para leão, izah, poderia ser a origem, com um significado original parecido com "cor de leão". Porém, desde então concluiu que "não parece existir essa palavra em árabe e devemos desconsiderar a sugestão".[5]
Em animais
O termo é encontrado em referência à coloração da plumagem nos nomes das espécies Amaurornis isabellina, Oenanthe isabellina, e Lanius isabellinus, bem como em descrições de aves. A doença de pigmentação genética isabelinismo vista em aves é derivada da palavra para a cor, e é uma forma de leucismo causado por uma redução uniforme na produção e expressão de melanina, resultando em áreas de plumagem nas costas do pássaro, normalmente pretas, sendo fortemente desbotadas ou isabelino em aparência.[7] Isabelinismo tem sido relatada em várias espécies de pinguim.[8]
Isabelina e isabela são termos aplicados na Europa para cavalos palominos ou cremelo muito pálidos, animais com pelagem que é descrita como creme, ouro pálido ou quase branca; este é o principal uso das versões da palavra em francês (isabelle) e alemão (Isabella).[9] Em cavalos, esta cor é criada pela ação do gene creme, um gene de diluiçãoincompleto dominante que produz um cavalo com um revestimento de ouro e olhos escuros quando heterozigotos, e um cavalo cor de creme claro com olhos azuis quando homozigotos.