Os Irmãos Livônios da Espada (latim: Fratres miliciæ Christi de Livonia, alemão: Schwertbrüderorden) ou Cavaleiros Porta-Gládio, foi uma ordem militar organizada em 1202 por Alberto de Buxhoeveden e composta por "monges guerreiros" alemães. Seu regulamento era fundamentalmente baseado naquele da Ordem dos Templários. Eles eram também conhecidos como Ordem da Livônia, Cavaleiros de Cristo e A Milícia de Cristo da Livônia. Os seus membros foram incorporados aos Cavaleiros Teutônicos em 1236.
O papa Gregório IX requisitou que os Irmãos Livônios da Espada defendessem a Finlândia do ataque dos novogárdios em sua carta de 24 de novembro de 1232.[1] No entanto, não se tem qualquer informação se os cavaleiros chegaram a ter alguma atividade na Finlândia. A Finlândia foi posteriormente anexada pela Suécia após a Segunda Cruzada Sueca em 1249.
A ordem foi quase que totalmente aniquilada pelos lituanos e semigálios na Batalha de Saule em 1236, sendo os membros sobreviventes incorporados pela Ordem dos Cavaleiros Teutônicos no ano seguinte. A partir desse ponto, eles foram em todos os aspectos (regulamento, vestuário e política) um ramo autônomo da Ordem Teutônica, liderados por seu próprio mestre (que era de jure subordinado ao grão-mestre da Ordem Teutônica). Eles passariam a ser conhecidos como Ordem Livoniana.
Em 1242, o superior da Ordem da Irmandade dos Guerreiros de Cristo, Ordem da Livônia, André de Velwen, seguindo ordens de seu superior Teodorido de Gruninga, e os cavaleiros alemães, foram derrotados pelo príncipe Alexandre I e o exercito de Novogárdia, sob seu comando, na Batalha do Rio de Gelo ou "Lago Gelado de Peipsi". Passagem esta retratada nos filmes Batalha no GeloClip 1, Clipe 2, Clipe 3.
Após chegarem a um acordo com Sigismundo II Augusto e seus representantes (especialmente Mikołaj "o Preto" Radziwiłł), o último mestre, Gotardo Kettler, secularizou a ordem e converteu-se ao luteranismo. Na parte sul das terras da ordem ele criou o Ducado da Curlândia e Semigália para a sua família. A maior parte das terras restantes foi anexada pelo Grão-Ducado da Lituânia. O norte da Estônia retornou à Dinamarca e à Suécia.