A independência do Panamá da Espanha foi realizada por meio de uma revolta sem derramamento de sangue entre 10 de novembro de 1821 e 28 de novembro de 1821. Aproveitando a oportunidade, quando o governador espanhol deixou o Panamá para marchar contra os rebeldes equatorianos, José de Fábrega liderou o esforço pela independência. Os rebeldes da pequena cidade de Villa de Los Santos fizeram a primeira declaração de independência e o movimento rapidamente se espalhou pela capital. Temendo que a Espanha retomasse o país, os rebeldes rapidamente se juntaram à Grã-Colômbia.
História
As tentativas iniciais de libertar o Panamá da Espanha vieram de libertadores sul-americanos, não panamenhos, que viam o Panamá como um elo estratégico, tanto política quanto militarmente, entre a América do Sul e os estados da América Central. Já em 1787, o venezuelano Francisco de Miranda tentou atrair o interesse dos britânicos para um projeto de canal no Panamá para aumentar o comércio para a Grã-Bretanha, em troca de apoio militar para sustentar as esperanças de independência da América do Sul. O ataque de Napoleão, que depôs o monarca espanhol em 1807, levou ao impulso pela independência em toda a América do Sul por Simón Bolívar.[1] Embora Bolívar não tenha posto os pés no Panamá, ele defendeu a independência, declarando em sua "Carta da Jamaica" de 1815 que a independência do Panamá geraria oportunidades de comércio. Em 1819, o escocês Gregor MacGregor liderou uma tentativa fracassada de libertar o Panamá.[2]
Quando o zelo revolucionário sul-americano depôs o vice-reinado de Nova Granada,Juan de la Cruz Mourgeón, fugiu para o Panamá e foi declarado governador.[1] Mourgeón foi enviado ao Equador para lutar contra os separatistas e nomeou José de Fábrega como seu sucessor.[3] Assim que Mourgeón partiu, Fábrega aproveitou o momento para a independência do Panamá.[4]
Em 10 de novembro de 1821, o primeiro apelo à independência foi feito na pequena cidade provinciana de Villa de los Santos. Chamado de "Primer Grito de Independencia de la Villa de Los Santos" (Grito pela Independência),[5] ele acendeu rebeldes em todo o interior do Panamá. Usando subornos para reprimir a resistência das tropas espanholas e angariar sua deserção, os rebeldes ganharam o controle da Cidade do Panamá sem derramamento de sangue.[2] Em 20 de novembro de 1821, Fábrega proclamou a independência do Panamá na Cidade do Panamá.[6] Uma reunião aberta foi realizada com mercadores, proprietários de terras e elites, que temendo retaliação da Espanha e interrupção do comércio, decidiram se juntar à República da Grande Colômbia e redigiram a Lei de Independência do Panamá. [7]
↑Navarro, Dayana (10 de novembro de 2014). «El Primer Grito de Independencia» (em espanhol). Panamá: La Estrella de Panamá. Consultado em 21 de maio de 2015
↑Martínez Garnica, Armando; Quintero Montiel, Inés (2007). «Actas de Declaración de Independencia»(PDF). Reales Audiencias de Quito, Caracas y Santa Fe. Actas de formación de juntas y declaraciones de independencia (1809-1822) (em espanhol)