Como no passado colonial, a economia brasileira do período imperial baseava-se ainda nas atividades agrárias. Entretanto, ao contrário do que acontecia nas nações mais desenvolvidas, no Brasil a ignorância de técnicas de restituição da terra evidenciava um comportamento que implicava em práticas que deterioravam e exauriam o solo.
Na década de 1860, diante do reconhecimento desses problemas, o governo Imperial iniciou um processo de revitalização da agricultura através da criação do "Ministério da Agricultura, do Comércio e Obras Públicas" e dos "Institutos Agrícolas", como o "Imperial Instituto Fluminense de Agricultura". O IIFA, que tinha como fim animar, facilitar e dirigir os progressos e desenvolvimento da agricultura brasileira, publicou durante vinte e dois anos o periódico Revista Agrícola do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura (1869-1891).
Estatuto do IIFA
De acordo com os estatutos do IIFA, ele era responsável por:
Facilitar a introdução de máquinas e instrumentos apropriados;
Fundar estabelecimentos “normais” para experimentação dessas máquinas e instrumentos, novos sistemas de cultura da terra, extinção de vermes e insetos nocivos, etc.;
Promover a aquisição das melhores sementes, experimentar sua superioridade e facilitar a distribuição pelos lavradores;
Cuidar do melhoramento das raças animais;
Auxiliar a administração pública em facilitar o transporte da produção, com abertura de novas vias, e conservação e melhoramento das atuais;
Promover uma exposição anual dos produtos da agricultura;
Desenvolver uma estatística do desenvolvimento agrícola;
Criar e manter um periódico para a publicação de artigos, memórias, traduções, e notícias de utilidade para a agricultura;
Criar escolas de agricultura para o ensino de princípios gerais de agricultura.
Estrutura do IIFA
Para cumprir seus objetivos possuía diversos anexos como:
Fazenda Normal, onde desenvolvia pesquisas com plantas, ferramentas e técnicas agrícolas;
Asilo Agrícola, lugar de ensino técnico voltado para órfãos da Santa Casa da Misericórdia;
Oficina, para a criação de ferramentas feitas por encomenda;
Fábrica de chapéus do tipo chili;
Revista Agrícola, que veiculava todas os acontecimentos ocorridos no IIFA, e divulgava informações sobre plantas, animais, técnicas e conhecimentos científicos.