Santissima Trinità dei Monti ou Igreja da Santíssima Trindade dos Montes (em francês: La Trinité-des-Monts), frequentemente chamada apenas de Trinità dei Monti, é uma igreja titularmaneirista de Roma, Itália. Ela é conhecida principalmente por sua localização, logo acima das Escadarias da Praça da Espanha, que levam da igreja, no alto, até a Piazza di Spagna. A igreja e os arredores (incluindo a Villa Medici) estão sob os cuidados da França.
A atual igreja, em estilo maneirista italiano, foi finalmente construída no local e consagrada em 1585 pelo papa Sisto V, um grande urbanista cuja Via Sistina ligava a Piazza della Trinità dei Monti (em frente à igreja) à Piazza Barberini, atravessando a cidade. Não se sabe com certeza quem foi o arquiteto da fachada, mas Wolfgang Lotz sugere que ela pode ter sido baseada num projeto de Giacomo della Porta (um seguidor de Michelângelo), que já havia construído a igreja de Sant'Atanasio dei Greci, bastante similar, uns anos antes[1][2]. A escadaria dupla em frente da igreja é obra de Domenico Fontana[3].
Num nicho do corredor que leva ao claustro está um afresco, considerado milagroso pelos fieis, da Mater Admirabilis, uma das representações da Virgem Maria, pintado por uma jovem francesa em 1844[8].
Os reis da França permaneceram como patronos da igreja até a Revolução Francesa e ela continuou aos cuidados dos frades mínimos até sua destruição parcial em 1798[9]. Além disso, Trinità é uma igreja titular desde que o titulusSantissimae Trinitatis in Monte Pincio foi criado pelo papa Sisto V em 1587, um título tradicionalmente ocupado por um cardeal francês.
Através das Convenções Diplomáticas de 14 de maio e 8 de setembro de 1828 entre a Santa Sé e o governo francês, a igreja e o mosteiro anexo foram deixados aos cuidados das Religieuses du Sacré-Coeur de Jésus (Sociedade do Sagrado Coração de Jesus), uma ordem religiosa francesa cujo objetivo é educar jovens garotas.
Em 2003, o governo francês propôs financiar as obras de restauração da igreja, mas havia preocupações de que a Sociedade pudesse ter dificuldades em continuar seu trabalho no local no futuro e, em março de 2003, a própria Sociedade decidiu que se retiraria da igreja até o verão de 2006. Em 12 de julho de 2005, o Vaticano e a embaixada francesa na Santa Sé anunciaram que a igreja, o convento e a escola seriam passadas, a partir de 1 de setembro de 2006, para as Fraternidades Monásticas de Jerusalém.
↑Lotz p.123, e também p.184 (nota 40), fazendo referência, no tema da autoria, tipologia e datação das fachadas de San Atanasio e Trinità, a G. Giovannoni: Saggi sull'architettura del rinascimento (2nd edn. Milan. 1953) pp.219ff.
↑O Touring Club Italiano, Roma e dintorni (1965:269) atribui a fachada a Carlo Maderno, mas Howard Hibberd's Carlo Maderno and Roman Architecture 1580-1630 (London. 1971) não menciona esta igreja como obra dele, nem mesmo como uma incorretamente atribuída a ele.