Constituída em 1987 e operando desde 1988, a ELCA é resultado da fusão de três corpos luteranos: a American Lutheran Church (Igreja Luterana Americana), a Lutheran Church in America (Igreja Luterana na América), e a Association of Evangelical Lutheran Churches (Associação das Igrejas Evangélicas Luteranas).[2]
Em 1988, ano do surgimento da ELCA, a denominação tinha 16.083 pastores, 11.120 congregações e 5.251.534 membros. Em 2010, seus números incluíam 17.258 clérigos, 9.995 congregações e 4.274.855 membros. Os estados com mais aderentes eram Dakota do Norte, Minnesota, Dakota do Sul, Iowa e Wisconsin.[5] Apesar do declínio na taxa de membros, em 2012, mantinha sua posição como a sétima maior denominação dos Estados Unidos.[6]
Ao final de 2018, nas estimativas da própria denominação, a ECLA tinha 3.363.281 membros batizados. Suas congregações eram 9.091, organizadas em 65 sínodos em nove regiões geográficas. Listava 17.214 líderes, dos quais 1.213 Ministros da Palavra e Serviço e 16.001 Ministros da Palavra e Sacramento. Do total geral, quase 32% dos clérigos eram mulheres.[7]
Em 2021, a denominação publicou novas estatísticas. Segundo as informações fornecidas pela própria denominação, seu número de membros caiu para 3.035.615 e seu número de igrejas caiu para 8.781.[4]
A Igreja Evangélica Luterana na América mantém sete seminários, onde o número de mulheres e homens é quase igual. Além da educação teológica, a ECLA mantém 26 faculdades e universidades, 50 programas de aprendizado, 14 escolas secundárias, 296 escolas primárias, 1.573 programas para a primeira infância, 145 centros de acampamento e retiro.[7]
Liderança
A ELCA é chefiada por um Bispo Presidente, que é eleito pela Assembleia da Igreja para um mandato de seis anos. Como presidente da ECLA, coordena a Assembleia da Igreja, o Conselho da Igreja, a Conferência dos Bispos e os oficiais eleitos, fornece liderança e cuidado aos bispos dos 65 sínodos da igreja.[9] Até o momento, quatro pessoas foram eleitas para o cargo de Bispo Presidente da ELCA.[10]
Em outubro de 2013, a pastora Elizabeth A. Eaton foi eleita como a primeira bispa presidente da ECLA, sendo instalada em 5 de outubro de 2013. Foi reeleita em agosto de 2019.[11][12]
Posições oficiais
A posição da ELCA em relação a homossexualidade, inclusive permitindo a ordenação de homossexuais, causou uma divisão em 2010, com membros descontentes gerando a North American Lutheran Church – NALC.[13]
Em 13 de agosto de 2016, a ELCA aderiu à chamada para o desinvestimento em combustíveis fósseis, aprovado por maioria em Assembleia Geral. A medida visa a suspensão de investimentos em empresas do setor, e o redirecionamento de recursos para as energias renováveis.[14]
A ELCA tem cooperado com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, sendo ambas igrejas membros da Federação Luterana Mundial. Em agosto de 2019, a Pa. Sílvia Beatrice Genz, primeira pastora presidente da IECLB, participou da 15ª Assembleia Geral da Igreja Evangélica Luterana nos Estados Unidos, quando Rev. Eaton foi reeleita Bispa Presidente, e ambas assinaram um novo Convênio de Parceria entre a IECLB e a ELCA para os próximos dez anos.[12]
Na mesma Assembleia Geral, a Igreja Evangélica Luterana nos Estados Unidos aprovou tornar-se o primeiro grupo eclesiástico santuário do país. A medida promete que, além de fornecer refúgio aos imigrantes sem documentos, a ELCA:
Responderá a diligências, deportações e "criminalização" de imigrantes e refugiados;
Combaterá casos individuais de deportação, pressionará para que finalizem as prisões em massa e promoverá as vozes dos imigrantes;
Tomará "ações proféticas" para estender a "hospitalidade radical" aos imigrantes e comunidades de imigrantes.[15]