Holochilus brasiliensis

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHolochilus brasiliensis[1]

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Cricetidae
Subfamília: Sigmodontinae
Gênero: Holochilus
Espécie: H. brasiliensis
Nome binomial
Holochilus brasiliensis
(Desmarest, 1819)
Distribuição geográfica

Holochilus brasiliensis, também conhecido como rato-d'água, é uma espécie de roedor da família Cricetidae.[3][4] ​Pode ser encontrada na Argentina, Brasil e Paraguai.[2]

Descrição

É uma espécie de porte médio em comparação com outros membros do gênero; o comprimento da cabeça e do corpo está entre 167 and 211 mm (6,6 and 8,3 in) e o comprimento da cauda está entre 183 and 214 mm (7,2 and 8,4 in).[5] Pesa entre 400 g.[3] A pele é luxuriante e densa. A cor dorsal é canela, os flancos são de um laranja mais brilhante e as partes inferiores de um laranja mais claro, exceto a garganta e o peito brancos e alguns brancos na área unguinal.[5] Por conta da membrana interdigital presente em suas patas, assim como as rãs, possui maior facilidade ao deslocar-se no ambiente aquático.[3]

Distribuição e habitat

H. brasiliensis é semiaquático e ocorre no leste e sul do Brasil, Uruguai, leste do Paraguai e nordeste da Argentina. É normalmente encontrado em pastagens pantanosas e áreas de floresta que fazem fronteira com rios na floresta tropical, tanto na planície costeira como no interior.[5] Vive em banhados naturais, matas palustres, arroios margens de lagoas e canais de drenagem.[3]

Ecologia

Uma espécie noturna, H. brasiliensis se move livremente na terra e na água. Raramente é capturado em armadilhas vivas, mas é frequentemente capturado por corujas e mamíferos carnívoros.[5] Alimenta-se de frutos, sementes e pequenos invertebrados, como insetos aquáticos e moluscos.[3] Procria principalmente após as chuvas da primavera e do verão, tendo sido registadas ninhadas de três a seis crias. Pode ser uma praga nas plantações de cana-de-açúcar e arroz.[2]

Conservação

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) a considerou como uma "espécie pouco preocupante". Tal classificação foi aferida por conta de sua ampla gama, de sua capacidade de se adaptar a habitats modificados, por estar presente em várias reservas e outras áreas protegidas, assim como por ter uma população grande, que demonstra estabilidade.[2]

Referências

  1. Musser, G.G. (2005). «Superfamily Muroidea». In: Wilson, D.E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World 3º ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. a b c d Weksler, M.; Queirolo, D.; Brito, D.; Pardinas, U.; Teta, P. (2008). Holochilus brasiliensis (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 31 de dezembro de 2014..
  3. a b c d e «Rato-d'água ( Holochilus brasiliensis)». Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2021. Consultado em 18 de julho de 2021 
  4. Musser, G.G. and Carleton, M.D. 2005. Superfamily Muroidea. Pp. 894–1531 in Wilson, D.E. and Reeder, D.M. (eds.). Mammal Species of the World: a taxonomic and geographic reference. 3rd ed. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2 vols., 2142 pp. ISBN 978-0-8018-8221-0
  5. a b c d Gonçalves, P. T.; Bonvicino, P. R. (9 de março de 2015). «Genus Holochilus Brandt, 1835». In: Patton, James L.; Pardiñas, Ulyses F. J.; D’Elía, Guillermo. Mammals of South America, Volume 2: Rodents (em inglês). [S.l.]: University of Chicago Press. pp. 326–329. ISBN 978-0-226-16957-6. OCLC 921432000 
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