Hino Nacional da Mauritânia (em árabe: نشيد وطني موريتاني) é o título do atual hino nacional da Mauritânia, que foi adotado após emendas constitucionais ao final de 2017. Teve sua melodia composta por Rageh Daoud. Este hino substituiu o hino anterior que foi utilizado entre 1960 e 2017.
O ritmo incomum e altamente complexo, conhecido como fatchou, torna o hino extremamente difícil de ser cantado; por este motivo, o hino frequentemente é citado como instrumental, omitindo-se os versos tradicionais.
Não há como determinar a data exata de sua criação. Presume-se, pelo seu texto, que data originalmente do período imediatamente posterior à conversão da região ao islamismo, que se deu entre os séculos VIII e XI.
Considerado como um dos hinos mais incomuns do mundo,[1][2] o seu texto baseia-se num antigo poema de Baba Ould Cheikh Sidiya, escrito durante um período de intensa produção cultural, em que foram feitas diversas obras relevantes de poesia árabe. O autor se inspirou, para escrevê-lo, nos diversos conflitos que ocorreram entre as diversas seitas ou confrarias surgidas simultaneamente à conquista da região pelos árabes que trouxeram o islamismo.
كن للاله ناصرا وأنكر المناكرا
وكن مع الحق الذي يرضاك منك دائرا
ولا تعد نافعا سواه أو ضائرا
واسلك سبيل المصطفى ومت عليه سائرا
وكن لقوم احدثوا في أمره مهاجرا
قد موهوا بشبه واعتذروا معاذرا
وزعموا مزاعما وسودوا دفاترا
واحتنكوا أهل الفلا واحتنكوا الحواضرا
وأورثت أكابر بدعتها أصاغرا
وإن دعا مجادل في أمرهم إلى مرا<
فلا تمار فيهم إلا مراء ظاهرا
Seja um ajudante de Deus, e censure o que é proibido
E siga a lei que Ele quer que você siga
Não considere ninguém útil ou prejudicial, exceto Ele
E caminhe pelos passos do escolhido, e morra enquanto o fizer!
Pois o que for bom para o primeiro de nós também será bom para o último
E abandone as pessoas que fazem o mal em relação a Deus
Eles O deturparam, tornando-O comum, utilizando-se de todo tipo de desculpas
Fizeram alegações ousadas, e enegreceram livros
Deixaram que nômades e sedentários passassem por experiências amargas
E legaram os grandes pecados de suas inovações [doutrinárias]
E se um desses discordantes o chamar para discordar de suas afirmações
Não discorde dele então, mas só o faça através da discórdia externa