Elementos monovalentes, como o hidrogênio e halogênios (flúor, cloro, bromo, iodo, ástato e tenessino), fazem apenas uma ligação covalente. Portanto, é impossível que sejam cercados por carbonos, já que tal fenômeno requer a ocorrência de ao menos duas ligações. Desse modo, conclui-se que H, F, Cl, Br, I, At e Ts são incapazes de serem heteroátomos.
Caso das extremidades
Em casos como o do etanol, à esquerda, é comum considerar erroneamente que a cadeia é heterogênea, a partir do pressuposto que o átomo de oxigênio, por não ser carbono nem hidrogênio, é heteroátomo. No entanto, um requisito não é atendido - o oxigênio não está cercado por carbonos, faz somente uma ligação com átomo desse tipo.
Assim, concluí-se que átomos diferentes de C e H, caso estejam numa das extremidades da molécula, não são heteroátomos.
Evidentemente, tal condição não é restrita ao O, mas a todo átomo que não pertence à cadeia, seja ela a cadeia principal ou uma ramificação. Na ureia, por exemplo, os átomos de nitrogênio encontram-se nas "beiradas" da molécula, de modo a não serem classificados como heteroátomos.
São compostos comuns que exemplificam tal situação as substâncias a seguir. Os átomo em negrito não são heteroátomos.
Desde que haja a correspondência os requisitos anteriormente citados, o átomo em questão torna a cadeia heterogênea[5], de modo a ser classificado como heteroátomo. Tal quadro ocorre nos compostos a seguir:
Uracila
Dipirona
Em cadeias fechadas, caso haja heteroátomos, o composto é classificado como heterocíclico.
↑Senda Y (2002). "Role of the heteroatom o in the complex metal hydride reduction of six-membered cyclic ketones". Chirality 14 (2-3): 110–20. doi:10.1002/chir.10051.
↑Cheves Wallin. "The Role of Heteroatoms in Oxidation, Oxidation of Organic Compounds, Chapter 13". Advances in Chemistry 75: 166–173. doi:10.1021/ba-1968-0075.ch013.