Em 1877,[1] ajudou Richard Wagner, já doente, num conjunto de concertos em Londres, passando daí em diante a ser uma figura familiar da cena musical londrina. Esta popularidade no Reino Unido levou a que fosse convidado para múltiplos festivais corais, incluindo uma participação como principal maestro do Birmingham Triennial Music Festival nos anos de 1885 a 1909. Também dirigiu a Hallé Orchestra nos anos de 1899 a 1911 e a então recém-formada London Symphony Orchestra de 1904 a 1911.
Na Europa continental, o seu trabalho desenvolveu-se em torno de Viena, onde, ultrapassando as azedas divisões entre os apoiantes de Wagner e os de Johannes Brahms, dedicou grande atenção às obras de Brahms, Anton Bruckner (que uma vez, após um concerto, lhe meteu uma moeda na mão pretendendo ser uma gorjeta) e Antonín Dvořák. Para além disso, continuou a trabalhar em Bayreuth.
Nos seus últimos anos, Richter transformou-se num admirador incondicional da obra de Edward Elgar e aceitou como excelente a obra de Tchaikovsky, ao ponto de ter num concerto baixado a sua batuta e permitido que a Orquestra Sinfónica de Londres tocasse espontaneamente todo o segundo movimento da sinfoniaPathétique de Tchaikovsky.
Problemas de visão obrigaram-no a retirar-se da cena musical em 1911.
Hans Richter tinha uma visão do seu papel como maestro que o levava a assumir uma postura monumental em detrimento do comportamento mercurial ou dinâmico então preferido, enfatizando a estrutura das peças que interpretava em detrimento de fazer ressaltar momentos de beleza ou paixão. Esta postura levou a que alguns críticos o considerassem como pouco mais do que um metrónomo, mas outros, com destaque para Eugène Aynsley Goossens, destacaram a notável vitalidade rítmica do seu trabalho, um aspecto que dificilmente permite que a obra de Richter seja considerado como estólida ou estática.