A grande fome de Tenmei (天明の大飢饉, Tenmei no daikikin) foi uma carestia que afectou o Japão durante o período Edo. Considera-se que tenha começado em 1782 e finalizada antes de 1788. Foi nomeado após a Tenmei (1781-1789), durante o reinado do imperador Kōkaku. O goveno shogun durante a fome foi liderado por Tokugawa Ieharu e Tokugawa Ienari. A fome foi a mais mortífera durante o início do período moderno no Japão.
Em Tōhoku, região do nordeste de Honshū, houve uma queda acentuada da safra devido ao mau tempo e frio que se fizeram sentir na década de 1770, resultando na extenuação dessa área rural. Enquanto isso, o monte Iwaki entrou em erupção a 13 de abril de 1783 assim como o monte Asama a 6 de julho o que causou na queda de cinza vulcânica ao redor de todo o Japão.[1]
Para além do dano direto causado pelas erupções, isto levou a uma significante diminuição da radiação solar e as tendências climáticas desceram para graus preocupantes, trazendo danos catastróficos para a agricultura. Por esse motivo, uma grande fome emergiu no ano seguinte. Nessa época, a política mercantil foi tomada na era de Tanuma Okitsugu, o então ministro do Conselho de Estado do shogunato Tokugawa.[2] Para além disso, houve uma imposição financeira significante em cada local Han, o que levou a um encorajamento excessivo do cultivo de arroz (que por conseguinte era vulnerável ao frio) e à falta de armazenamento provincial.[3][4]