O Grand Trianon ou Trianon de marbre é um palácio que Luís XIV fez construir nas proximidades de Versailles, na França. O exterior do edifíco é construído em mármore de onde deriva o nome pelo qual também é conhecido, Trianon de marbre.
Antes da construção do Grand Trianon, existiu no mesmo local um outro edifício conhecido por "Trianon de Porcelaine" (Trianon de Porcelana).
Em 1670, Luís XIV decidiu arrasar a aldeia de Trianon, a Noroeste do parque do Palácio de Versailles, para aí construir um edifício que lhe permitisse refugiar-se da Corte. Foi Louis Le Vau quem ficou encarregado dessa construção: ele optou por revestir as paredes com Faiança de Delft, azul e branca. O jardim oferecia bonitos parterres de flores. Desde o início, Luís XIV consagrou este domínio aos seus amores com a Madame de Montespan. Mas a decoração do "Trianon de Porcelaine" era muito frágil e por isso não resistiu às intempéries, acabando por ser destruido em 1687, o ano em que Madame de Montespan começou a cair em desgraça. No mesmo ano, um novo projecto viu a luz do dia. Luís XIV confiou a Jules Hardouin-Mansart, o novo Primeiro Arquitecto do Rei, a construção de um novo Trianon num estilo mais italianizante. As obras duraram de Junho de 1687 a Janeiro de 1688. Assim, o Grand Trianon, ou Trianon de Marbre, foi inaugurado no Verão de 1688, por Luís XIV e a Madame de Maintenon. Os lambris dos salões acolheram numerosos príncipes da Casa Real, como por exemplo: o delfim de Luís XIV, os Duques de Berry, o Duque de Chartres, a Duquesa de Bourbon e a Madame de Palatine.
Durante o reinado de Luís XV, a sua rainha, Maria Leszczynska residiu no Grand Trianon em 1740. Mas Luís XV desinteressou-se totalmente do lugar. Maria Antonieta, que preferia de longe o Petit Trianon a este palácio, deu, apesar de tudo algumas representações na Galerie des Cotelles (Galeria das Cautelas).
Com a Revolução Francesa o palácio é fortemente abalado. Foi necessário esperar pelo Primeiro Império e por Napoleão Bonaparte para que o palácio recuperasse importância. Em 1805, ele ordena o restauro de ambosos palácios. De 1809 a 1810, o palácio foi remobiliado. O Imperador fez numerosos serões no Grand Trianon entre 1809 e 1813. Foi ali que celebrou o seu casamento com a Imperatriz Marie-Louise.
Durante o reinado de Luís XVIII nenhumas mudanças foram feitas ao palácio, somente os símbolos imperiais são retirados. Carlos X parou aqui algumas horas no seu caminho para o exílio. De 1830 a 1848, Marie-Louise mandou redecorar o palácio aos gostos do momento para aí residir. O Grand Trianon serve actualmente de cenário para recepções oficiais da República e a ala do Trianon-sous-Bois de alojamento de funções para os convidados presidenciais.
Plano e arquitectura
O Grand Trianon foi feito ao estilo clássico francês misturado com italianismos. O conjunto dos edifícios, com domínio do rosa, é infinitamente gracioso. Entra-se no pátio por um portão baixo: à direita encontra-se o edifício Norte; à esquerda fica o edifício do Sul coberto por um telhado plano, com balaustrada. O material que reveste as paredes é uma pedra branca; as pilastras são em mármore rosa do Languedoc. Ao fundo do pátio fica uma galeria que liga os edifícios do Norte e do Sul, a qual foi construída por vontade de Luís XIV. Não necessita de um peristilo pois não rodeia completamente o pátio. Esta galeria foi desenhada por Robert de Cotte. O Cour des Ofices (Pátio dos Ofícios) situa-se atrás da ala do Sul. Por fim, uma ala perpendicular ao edifício do Norte é apelidada de Trianon-sous-Bois (Trianon sob os bosques). Os jardins são simples e estão ornados, entre outros, por um buffet de água desenhado por Mansart em 1703.
Local de estadia
O Grand Trianon serviu, ao longo dos séculos, de local de estadia por períodos mais ou menos longos, a várias personalidades históricas, das quais se destacam: