Glauco Rodrigues (Bagé, 5 de março de 1929[1] — Rio de Janeiro, 19 de março de 2004) foi um pintor, desenhista e gravador brasileiro. É considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea[7][8][9].
Biografia
Começou a pintar em 1945[10], e expôs pela primeira vez em 1948, na mostra que ficou conhecida como os Os Novos de Bagé, nome dado pela imprensa[11] de Porto Alegre, onde frequentava a Escola de Belas-Artes. Logo depois transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Voltando a Porto Alegre, criou o Clube da Gravura de Porto Alegre e o Clube da Gravura de Bagé, em 1950, juntamente com Carlos Scliar, Glênio Bianchetti, Danúbio Gonçalves e Vasco Prado. De volta ao Rio no final da década, iniciou-se na carreira de ilustrador.
Em 1960, participou do IX Salão Nacional de Arte Moderna[12], quando obteve o prêmio de viagem ao exterior. Participou da Bienal de Paris em 1961 e, no ano seguinte, viajou para Roma, onde permaneceu até 1965. Realizou exposições individuais em Munique, Stuttgart e Frankfurt. Em Roma, em 1963, expôs na Galeria d'Arte della Casa do Brasil e, em 1964, participou da XXXII Bienal de Veneza. Em 1967 foi premiado na IX Bienal Internacional de Arte de São Paulo.
Obra
Em 1980, pintou o quadro A Primeira Missa no Brasil, uma espécie de releitura da obra de Vitor Meireles, oferecido[13] pelo governo brasileiro ao Papa João Paulo II. Em 1985 realizou aquarelas de paisagens gaúchas para a abertura e as vinhetas da minissérie O tempo e o vento, da Rede Globo, obras estas que se encontram atualmente no MARGS, em Porto Alegre.
É o autor do painel[14] em mosaico na entrada da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, uma obra gigantesca, toda construída em pastilhas, e encomendada para celebrar o centenário da entidade, no ano de 2000. A obra destaca as figuras de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e também de Louis Pasteur, exibindo ainda as expedições científicas na Amazônia. Outro painel realizado por ele[15] se encontra na estação de passageiros do Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia, e que retrata os costumes e manifestações folclóricas baianas.
Glauco Rodrigues também foi o criador[16] da capa do livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, e do cartaz do filme Garota de Ipanema, de Leon Hirzman.
Livros
- Glauco Rodrigues[5], Editora Salamandra, 1989.
Livro que registra a obra de Glauco Rodrigues até então. Com textos de Luis Fernando Verissimo.
- O Arteiro e O Tempo[6], Editora Berlendis e Vertechia, 1994.
Livro também escrito em parceira com Luis Fernando Verissimo.
Prêmios
Morte
Glauco Rodrigues morreu vítima de uma parada respiratória, aos 75 anos[18], no Rio de Janeiro. Está enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Documentário
Em 2015 foi lançado um documentário sobre o artista[19], com o título Glauco do Brasil, sob direção de Zeca Brito e duração de 90 minutos[19].
O filme[20] retrata a vida e a obra do artista[21],sendo mostrado o início de sua carreira, abordando a fundação do Clube da Gravura de Bagé, sua cidade natal, e de Porto Alegre, junto com outros artistas plásticos e pintores, como Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves, Vasco Prado e Glênio Bianchetti. A trajetória de Glauco Rodrigues é retratada através de uma série de entrevistas, imagens de arquivo e de depoimentos de críticos e amigos[22].
Referência bibliográfica
- Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul, de Renato Rosa e Décio Presser (Editora da Universidade)
- Glauco Rodrigues, auto. 2010 CVTR.
Ver também
• Museu da Gravura Brasileira
• Lista de pintores do Brasil
Ligações externas
Referências