Antonio Geraldo Rocha Filho (Barra, 14 de julho de 1881 - 19 de junho de 1959) foi um empresário e jornalista brasileiro.
Biografia
Foi filho de Antonio Geraldo Rocha e Custódia Mariani.[1] Seu primo, Francisco Rocha, foi deputado federal pela Bahia. Seu sobrinho, Antonio Balbino de Carvalho Filho, foi governador e senador da Bahia.
Formou-se engenheiro pela Escola Politécnica da Bahia.[2]
Trabalhou na Estrada de Ferro Rio-Petrópolis (dirigda por Paulo de Frontim)[3] e na Estrada de Ferro Madeira Mamoré de Percival Farquhar, em Rondônia.[1]
A Noite
Em 1912, Geraldo volta ao Rio de Janeiro e logo em seguida atua como colaborador do jornal A Noite.[3]
Em 1925, representando interesses europeus, se tornou proprietário do jornal A Noite de Irineu Marinho.[1] O fundador Irineu estava de viagem na Europa com sua família quando Geraldo liderou uma mudança estatuto social do jornal.[4] Irineu saiu da sociedade e fundou O Globo.
Geraldo iniciou a construção de um edifício moderno.[3] Em 1930 apoiou a candidatura de Júlio Prestes.[5] Com a revolução de 1930 perdeu o apoio dos interesses europeus que representava e precisou hipotecar seu patrimônio, inclusive seu edifício moderno.[5] Percival Farquhar assumiu o controle do jornal A Noite.[3]
Geraldo apoiou também a revolução de 1932.
Vale do rio São Francisco
Tinha muito interesse pelo desenvolvimento das áreas do rio São Francisco. Publicou em 1940 um livro sobre o tema que foi importante para a criação da Comissão do Vale do São Francisco.
Relações com a Argentina
Em 1954 houve uma polêmica. O líder argentino, Juan Domingo Perón, tinha planos para estabelecer um pacto entre Brasil, Argentina e Chile, o Pacto do ABC. Negociava extra oficialmente com o embaixador brasileiro João Batista Luzardo, o líder do PTB João Goulart, e Geraldo Rocha.[6] Essa proposta foi duramente rejeitada por João Neves da Fontoura, ministro das Relações Exteriores. Perón ficou indignado. Vargas enviou Geraldo Rocha para esclarecer e apaziguar a situação.[6]
Bibliografia
Rocha, Geraldo. O Rio de São Francisco, Factor Precípuo da Existência do Brasil (1940). Companhia Editora Nacional.[7]
Referências