Karl detém o recorde pela formação mais setentrional de um ciclone tropical ou subtropical em novembro, no Oceano Atlântico. Ele também atingiu a força de um furacão numa latitude incomum, e foi um dos mais ativos no registro em termos de ciclones tropicais. Entretanto, circulou em águas abertas e não teve quaisquer efeitos sobre a terra. Foi a 11ª tempestade da temporada, e devido à falta de danos, seu nome não foi retirado.
História meteorológica
Se originou numa área de baixa pressão formada em torno de um sistema frontal, próximo ao sudeste dos Estados Unidos. No dia seguinte, a tempestade adjuntou às províncias marítimas do Canadá e foi reforçada para 1000 milibares. Em 24 de novembro, o amplo ciclone estava localizado ao sul de Newfoundland, e já no início do dia posterior, uma massa de convecção desenvolveu-se sobre seu centro.[1] Ele evoluiu para um vórtice separado, e devido à falta de agentes para inibir o cisalhamento do vento, um pequeno ciclone foi desenvolvido.[2] Tornou-se uma tempestade subtropical em 00:00 UTC, antes de adentrar num ciclone maior.[1][3] Cerca de 18 horas depois, a tempestade fortaleceu e ganhou características tropicais suficientes para se designar um furacão,[3] sendo acompanhada pela formação de um olho.[2] Na época, ela estava situada em torno de 610 milhas (1,110 km) a oeste dos Açores.[1] Embora o desenvolvimento de um ciclone tropical dentro de uma tempestade tropical seja raro, não é inédito. Um furacão não identificado em novembro de 1991, também foi formado dessa maneira.[4]
Depois de ter sido classificado como um furacão, Karl foi gradualmente reforçado, e sua circulação tornou-se mais distinta das nebulosidades circundantes. Uma calha que emergiu na América do Norte dirigiu o furacão para o leste,[1] e em 26 de novembro, atingiu o sua maior intensidade, com ventos máximos de 85 mph (140 km/h) e pressão atmosférica de 985 milibares (hPa; 29.09 inHg). Karl manteve essa força por cerca de 18 horas até começar a enfraquecer gradualmente, uma vez que acelerou sua direção ao nordeste.[3] Em 27 de novembro, o olho da tempestade tornou-se mais desigual, o ciclone passou a 230 milhas (370 km) dos Açores e começou a mostrar sinais de deterioração.[1][5] Ele se fundiu com outro sistema próximo e foi dissipado em 28 de novembro.[1][3]
↑ abcdHurricane Specialists Unit (2009). «"Easy to Read HURDAT 1851–2008» (em inglês). National Hurricane Center. Consultado em 5 de maio de 2013
↑Richard Pasch and Lixion Avila (26 de março de 1992). «Atlantic Hurricane Season of 1991»(PDF) (em inglês). National Oceanic and Atmospheric. Consultado em 5 de maio de 2013