Em 2008, a Rússia (e posteriormente quatro outros estados) reconheceram a independência de duas autodeclaradas repúblicas dentro da Geórgia (Abecásia e Ossétia do Sul), o que significa que, de facto, a fronteira está agora dividida em quatro seções:
fronteira Abkhazia-Rússia, no oeste;
fronteira ocidental Geórgia-Rússia, entre Abecásia e Ossétia do Sul;
fronteira Ossétia do Sul-Rússia;
fronteira oriental Geórgia-Rússia, entre a Ossétia do Sul e Azerbaijão.
Atualmente, a maioria da comunidade internacional não reconhece a independência dos dois territórios e os considera como pertencentes à Geórgia.
História
Durante o século XVIII, o Império Russo, o Império Otomano e a Pérsia quiseram controlar a estratégica região do Cáucaso. O Império Russo acabou por vencer esta batalha estratégica ao conquistar a Geórgia, o Azerbaijão e a Arménia. A ocupação russa da Geórgia deu-se em dois passos. Em 1783 a Geórgia assinou o Tratado de Georgievsk com o Império Russo, colocando o Reino de Cártlia-Caquécia sob patrocínio russo. Embora o compromisso russo de defesa da Geórgia tenha sido assumido, a Rússia não deu assistência à Geórgia quando os persas a invadiram em 1785, e depois em 1795.
Em 22 de Dezembro de 1800 o CzarPaulo I da Rússia, alegadamente a pedido do rei georgiano Jorge XII, assinou a proclamação da incorporação da Geórgia no Império Russo, finalizada por um decreto em 8 de Janeiro de 1801,[2][3] e confirmada pelo Czar Alexandre I em 12 de Setembro de 1801.[4][5] O embaixador georgiano em Moscovo reagiu com uma nota de protesto apresentada ao vice-chanceler Príncipe Kurakin.[6] Em Maio de 1801, o general russo Carl Heinrich Knorring destronou o herdeiro georgiano ao trono David Batonishvili e instituiu um governo chefiado pelo general Ivan Petrovich Lasarev.[7]
A nobreza georgiana não aceitou o decreto até abril de 1802, quando o general Knorring a cercou na Catedral Sioni de Tbilisi forçando-a a jurar fidelidade à Coroa Imperial da Rússia. Os que recusaram foram temporariamente presos.[8]