Como advogado na comarca de Alegrete na segunda metade do século XIX, Souto representou pro bono inúmeros escravos da região em processos de alforria[4]. Foi um dos primeiros abolicionistas a pleitear com sucesso a aplicação da lei de abolição do tráfico negreiro, formalmente em vigor desde 1831, para libertar escravos que tivessem viajado ao Uruguai. Estima-se que cerca de cem escravos tenham sido libertados graças a esse expediente[5].
Político e filantropo
Com a proclamação da República, Souto elegeu-se para a Câmara Municipal alegretense. Foi provedor da Santa Casa de Caridade de Alegrete em 1892 e 1893[6].
Franklin Gomes Souto era irmão de José Veloso Gomes Souto, administrador de Alegrete entre 1853 e 1856, e de Amaro Gomes Souto, primeiro Prefeito do Município de Rosário do Sul.
↑NOGUEIRA, Almeida. "A academia de São Paulo: Tradições e reminiscências". São Paulo, Saraiva, 1956.
↑Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. "Documentos da escravidão: Catálogo seletivo de cartas de liberdade". Porto Alegre, 2006.
↑MATHEUS, Marcelo Santos. "Por ter ido ao Estado Oriental: guerra e fronteira nas Cartas de Alforria de Alegrete" (in Produzindo História a partir de fontes primárias). Porto Alegre, CORAG, 2010.