Fobia é um tipo de perturbação da ansiedade caracterizado por medo ou aversão persistente a um objeto ou uma situação.[1]
Nomeadamente, chegam a causar um tal medo esmagador e debilitante desse algo, que leva a que o indivíduo fóbico organize a sua vida baseado na evicção daquilo que lhe causa esse medo[7].
As fobias geralmente causam o aparecimento súbito de medo e estão presentes por mais de seis meses. A pessoa afetada exerce grandes esforços para evitar a situação ou o objeto, geralmente a um grau superior em relação ao perigo real do próprio objeto ou situação. Quando não é possível o objeto ou a situação serem evitados, a pessoa afetada apresenta sinais acentuados de aflição. No caso de fobia ao sangue ou a ferimentos pode ocorrer desmaio,[1] e no caso de agorafobia são comuns ataques de pânico.[6] Geralmente, um indivíduo apresenta fobias a diversos objetos ou situações.[1]
As fobias podem ser divididas em fobias específicas, fobias sociais e agorafobia.[1][2] Entre os tipos de fobias específicas estão fobias a determinados animais, situações no ambiente natural, sangue, ferimentos ou outro tipo de situações específicas.[1] As mais comuns são o medo de aranhas, medo de cobras e medo das alturas.[8] Em alguns casos, as fobias são desencadeadas por uma experiência negativa com o objeto ou a situação. As fobias sociais são as fobias em que a pessoa afetada tem receio do julgamento de outras pessoas. A agorafobia é o medo de uma situação de que a pessoa sente que não é possível fugir.[1]
As fobias específicas podem ser tratadas com terapia de exposição, na qual a pessoa é introduzida à situação ou objeto em questão até o medo ser vencido. Neste tipo de fobias a medicação não tem utilidade.[2] As fobias sociais e a agorafobia são muitas vezes tratadas com uma combinação de psicoterapia e medicação.[4][5] Entre os medicamentos usados estão os antidepressivos, benzodiazepinas ou betabloqueadores.[4]
As fobias específicas afetam entre 6 e 8% das pessoas no mundo ocidental e entre 2 e 4% das pessoas na Ásia, África Subsaariana e Leste Europeu.[1] As fobias sociais afetam 7% das pessoas nos Estados Unidos e 0,5–2,5% das pessoas no resto do mundo. A agorafobia afeta 1,7% das pessoas.[6] As mulheres são afetadas o dobro dos homens. A idade média em que a condição se manifesta pela primeira vez é entre os 10 e os 17 anos. A prevalência é menor à medida que a idade avança.[1][6] As pessoas com fobias apresentam um risco acrescido de suicídio.[1]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), ISBN 0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 190, 197–202
- ↑ a b c d Hamm, AO (setembro de 2009). «Specific phobias.». The Psychiatric clinics of North America. 32 (3): 577–91. PMID 19716991. doi:10.1016/j.psc.2009.05.008
- ↑ Straight A's in Psychiatric and Mental Health Nursing (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. 2006. p. 172. ISBN 9781582554488
- ↑ a b c d «Anxiety Disorders». NIMH. Março de 2016. Consultado em 26 de julho de 2016
- ↑ a b Perugi, G; Frare, F; Toni, C (2007). «Diagnosis and treatment of agoraphobia with panic disorder.». CNS Drugs. 21 (9): 741–64. PMID 17696574. doi:10.2165/00023210-200721090-00004
- ↑ a b c d e American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), ISBN 0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 204, 218–219
- ↑ Covidofobia, por Tiago Tribolet de Abreu, Observador, 16 abr 2022
- ↑ «Specific Phobias». USVA. Consultado em 26 de julho de 2016