FlorideophyceaeCronquist, 1960 é uma classe de algas vermelhas (Rhodophyta) pluricelulares do subfiloRhodophytina, que agrupa cerca de 6 770 espécies, mais de 95% de todas as espécies conhecidas de algas vermelhas. Entre os membros desta classe estão os grupos de rodófitas morfologicamente mais complexos, distribuindo-se por 5 subclasses e 29 ordens. O agrupamento é considerado como classe no sistema de classificação de Hwan Su Yoon et al. (2006),[2] mas existem várias classificações alternativas para o agrupamento taxonómico formado pelas Florideophyceae, sendo nalguns sistemas de classificação considerado ao nível de subclasse (nesse caso com o nome de Florideophycidae).[3] O grupo está presente no registo fóssil do período Câmbrico de há 550 milhões de anos.[4]
Descrição
Sendo o maior agrupamento do filo Rhodophyta, agrupando cerca de 95 % de todas as espécies de algas vermelhas, apresenta uma elevada diversidade, contendo 5 subclasses e 29 ordens, entre as quais as que apresentam tipos morfológicos mais complexos.
A presença de conexões entre células adjacentes mediante a formação de uma tampão de proteínas em torno de um poro septal (conhecido por pit connection), estrutura que pode funcionar tanto como reforço estrutural como via de comunicação de célula a célula (estas algas eram consideradas as únicas com estes poros,[8] mas foi demonstrada a sua presença no estágio filamentoso de Bangiaceae[7]);
Presença de mecanismos de fusão de células pós-fertilização.
Apesar de durante muito tempo se ter acreditado que estas algas apenas apresentavam crescimento apical, alguns géneros exibem crescimento intercalar.[7]
As florídeas são amplamente conhecidas por serem comuns em muitas costas e as suas paredes celulares conterem compostos de importância económica como o agar e a carragenina.
São conhecidas espécies tanto de água doce como marinhas. Entre os membros da classe, a ordem Ceramiales é o grupo mais abundante, enquanto as Corallinales, que apresentam incrustações de carbonato, são um elemento importante na formação dos recifes de coral.[9]
↑Brodie, J; Zuccarello, GC (2006). «20: Systematics of the species. Rich Algae: Red Algal Classification Phylogeny and Speciation». In: Hodkinson, Trevor R.; Parnell, John A.N. Reconstructing the tree of life : taxonomy and systematics of species rich taxa. Boca Raton, Fla.: Taylor & Francis. pp. 323–336. ISBN978-0-8493-9579-6
↑Dawes, C. J.; Scott, F. M.; Bowler, E. (1961). «A Light- and Electron-Microscopic Survey of Algal Cell Walls. I. Phaeophyta and Rhodophyta». American Journal of Botany. 48 (10): 925–934. JSTOR2439535. doi:10.2307/2439535
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