Os eventos de Far Cry 3 se desenvolvem em uma ilha tropical localizada no cruzamento dos oceanos Índico e Pacífico,[9] e conta a história do americano Jason Brody, que após perder-se na ilha durante suas férias, tem de salvar os seus amigos sequestrados e escapar dos fatais piratas que lá habitam.
Far Cry 3 foi muito bem recebido pelos críticos após ser lançado. Os sites de pontuações agregadas GameRankings e Metacritic deram à versão PlayStation 3 89.68% de aprovação e uma nota 91/100,[10][11] à versão Xbox 360 89.40% e 90/100[12][13] e à versão PC 87.75% e 89/100,[14][15] respectivamente.
Em outubro de 2014, a Ubisoft divulgou que o jogo tinha passado da marca de 10 milhões de unidades vendidas pelo mundo.[16]
Jogabilidade
Far Cry 3 é um jogo em mundo aberto de tiro em primeira pessoa (FPS), com elementos de role-playing game (RPG), incluindo pontos de experiência, árvores de habilidade, e um sistema de crafting. O jogador tem a capacidade de se esconder atrás de objetos para fugir das linhas de visão e também para olhar em redor e disparar sem ver. O jogador também tem a capacidade de realizar ataques furtivos de cima, abaixo ou perto do inimigo.
O director da história do jogo, Jason Vandenberghe, disse que o mapa do modo história é cerca de dez vezes maior do que as edições anteriores do jogo. Os jogadores têm a capacidade de pesquisar e planejar os seus ataques com combinações furtivas e também de marcar os inimigos com a câmera para acompanhar o seu movimento depois de saírem da linha de visão do jogador.[17]
Multijogador
Para além do modo multijogador competitivo, na E3 2012, foi anunciado que o jogo também tem uma campanha cooperativa com a sua própria história e personagens. Pode ser jogado com quatro jogadores online ou dois jogadores em ecrã dividido.[18]
Outra característica já presente em jogos anteriores da série é o editor de mapas, permitindo aos jogadores criar os seus próprios mapas do multijogador. Estes também podem ser partilhados online com outros jogadores.[19]
História
"Para além dos limites da civilização encontra-se uma ilha, um lugar sem lei governado por pirataria e miséria humana, onde os escapes são apenas as drogas ou o cano de uma arma. Este é o lugar onde você se encontra, preso num lugar que esqueceu o certo do errado, um lugar que vive pelos princípios da violência. Descubra os segredos sangrentos da ilha e leva a luta ao inimigo; improvise e use o ambiente para sobreviver. Cuidado com a beleza e o mistério deste paraíso inexplorado e vive para superar
os seus personagens cruéis e desesperados. Irá precisar de mais do que sorte para sobreviver".
Entrevistas iniciais de desenvolvimento falam pouco sobre o passado de Jason, além do fato de que ele possui um conjunto de habilidades fortes de combatente e de sobrevivência que lhe dão uma chance de lutar em circunstâncias desesperadas que irá encontrar constantemente durante os eventos do jogo.[21]
Entrevistas mais recentes sugeriram uma mudança para a história em que Jason é agora um homem fora do seu elemento natural, sem nenhum treino especial que é apanhado no caos da ilha enquanto procura pelos seus amigos. Ao mesmo tempo, a história vai tentar invocar que, depois de um tempo preso na ilha, vai começar a ter efeitos sobre o protagonista, mostrando um outro lado da personalidade de Jason, de acordo com o produtor Dan Hay.[22] Os produtores também afirmaram que o tom pretendido do jogo será de realismo e intensidade, numa tentativa de invocar um sentimento visceral e constante de perigo no jogador.[23][24]
Enredo
Jason Brody está de férias com um grupo de amigos numa ilha tropical no Pacífico quando decidem fazer páraquedismo. Mas, cada um deles aterrissam em diferentes partes de uma ilha infestada de piratas, sendo feitos prisioneiros por um pirata chamado Vaas Montenegro (Michael Mando), a qual planejava pedir dinheiro do resgate aos pais deles, para, em seguida, vendê-los como escravos.
Jason consegue fugir do cativeiro, mas, o seu irmão mais velho Grant é morto durante a fuga. Jason é salvo por um homem chamado Dennis, que faz parte dos Rakyat, nativos da ilha que sofrem sob a influência pirata. A líder dos Rakyat, uma sacerdotisa chamada Citra, inicia Jason na sua tribo e lhe é dado tatuagens guerreiras. Em seguida parte para uma série de missões a fim de resgatar os seus amigos cativos, um por um, ao mesmo tempo que ajuda os Rakyat a retomar a ilha, ajudado às vezes pelo Dr. Earnhardt, um especialista em fungos e vários remédios nativos e drogas. Ao longo da aventura, Jason amadurece para um guerreiro temível e é admirado pelos Rakyat, apesar dos seus velhos amigos ficarem preocupados com a sua transformação num assassino, especialmente quando ele pensa em ficar na ilha para sempre.
Na sua jornada, Jason conhece o espião chamado Willis Huntley, que ajuda o rapaz a encontrar Oliver por meio de um manifesto de transporte, e Keith por meio de Buck Hughes, um pistoleiro que trabalha para Hoyt.
Jason, à medida que vai mudando a sua personalidade, devido aos riscos que ele enfrenta na ilha, cresce a sua vontade de se vingar de Vaas por ter matado seu irmão Grant e por ter raptado seus amigos.
Depois de matar Vaas, Jason segue para o sul da ilha, que é controlada por Hoyt Volker, um comerciante de escravos e empregador de Vaas, jurando a Citra que vai matar Hoyt pelo que ele fez, tanto aos habitantes da ilha, quanto ao seu irmão.
Jason entra em uma dolina e consegue o uniforme de um dos recrutas que iam se alistar para o exercito de Hoyt Volker podendo assim executar varias missões que o ajudariam a acabar com Hoyt.
Depois de matar Hoyt, Jason resgata o seu último companheiro, seu irmão mais novo Riley e, ao regressar à casa onde estavam os seus amigos, descobre que a casa foi queimada pelos guerreiros de Citra. Nos sobreviventes, encontra Dr. Earnhardt deitado num pátio mortalmente ferido. Ele diz a Jason, antes de morrer, que tentou salvar os seus amigos que foram levados por Citra e os seus guerreiros para o templo. Ele regressa a Citra para descobrir porque ela aprisionou os seus amigos. Citra fica encantada com Jason, vendo-o como a reencarnação de um guerreiro místico ancestral dos Rakyat.
O jogador deve então escolher se quer executar os seus amigos e permanecer com Citra ou salvá-los e deixar a ilha.
Se o jogador escolher salvar os amigos, Jason corta as cordas onde foram amarrados e os resgata, enquanto Citra tenta convencer Jason dizendo que os seus amigos vão seguir em frente e que ele deveria permanecer na selva para se tornar rei. Jason afirma que a violência acabou e que não haverá mais sangue.
Dennis, entretanto, chega afirmando que Citra lhe salvou, bem como os outros seguidores. Ele tenta matar Jason por ter traido Citra, mas, Citra se coloca na frente de Jason e é esfaqueada mortalmente. Citra diz a Jason que lhe ama e lhe implora para não largá-la antes de morrer, com Jason dizendo que sente muito. Em seguida, Jason e os amigos deixam a ilha por meio de um barco. Jason narra que ele não vai fugir daquilo que fez, que acredita que é um monstro e sente a raiva dentro dele, embora também acredite que ainda existe algum lugar dentro dele que é melhor do que isso.
Caso o jogador escolhe se juntar a Citra, Jason mata os seus amigos e faz sexo com Citra. Logo depois, Citra o apunhala mortalmente, dizendo que o seu filho irá liderar a tribo e que ele morre como um guerreiro em que se tornou.
Desenvolvimento
Em Agosto de 2010, a PC Gamer reportou que a produção de Far Cry 3 estava em "completa produção" na Ubisoft Montreal.[25] No mesmo mês, a GAME e o retalhista sueco Webhallen listaram o jogo para lançamento em 2010, acabando por não acontecer.[26] Em janeiro de 2011, a Ubisoft recusou comentar especulações de que Far Cry 3 seria lançado em outubro depois da Game Informer ter listado o jogo como um lançamento de outubro num artigo de previsões para 2011.[27] Em fevereiro, a revista oficial PlayStation sugeriu que o jogo seria lançado em finais de 2011 com a seguinte frase, "Comecem a preparar os medicamentos para a malária: Far Cry 3 deve chegar antes do fim do ano."[28] Esta frase foi retirada na edição seguinte da revista onde referia que o jogo seria mostrado na E3 de 2011 e que o seu lançamento seria em 2012. Em maio o curriculum vitae de alguns "duplos" referiam Far Cry 3 como um dos seus anteriores projectos.[29] O video oficial foi revelado na E3 em junho de 2011.
Marketing
Jogadores que pré-encomendaram Far Cry 3 receberam a edição The Lost Expeditions Edition. A edição contém duas missões exclusivas não disponíveis na versão regular. As missões, "The Forgotten Experiment" e "Ignition in the Deep", oferecem mais 40mns de jogo e mais a Type 10, uma arma de sinalizaçãojaponesa da Segunda Guerra Mundial, para ser usada nos modos para multijogador.[31]
Jogadores americanos que fizeram a pré-reserva do jogo na GameStop receberão o pacote The Monkey Business. Inclui quatro missões adicionais "hospedados por Hurk e os seus macacos carga-bombas" e "duas maneiras bónus de humilhar os seus amigos" no multijogador.[32][33]
The Insane Edition do jogo inclui todos os bónus de pré-reserva e todas as outras formas de conteúdo transferível, para além de uma figura de 12 cm do antagonista Vaas Wahine.[30]
A Ubisoft comissionou Michael Lambert, um conhecido entusiasta de Minecraft, e os artistas Axel Janssen e Yohann Delcourt para criarem um mapa e um pacote de texturas imitando o ambiente e personagens de Far Cry 3 dentro do popular jogo independente Minecraft. O modo Far Cry 3 Minecraft foi lançado a 26 de Outubro de 2012 na página oficial de Far Cry 3.[34]
Far Cry 3 tem uma demo multijogador para Xbox 360 e PlayStation 3. Contém partidas até 16 jogadores, seis classes, diversos modos e mapas. A Ubisoft não revelou quais as condições para os jogadores participarem na beta, no entanto para os jogadores dos EUA a beta vinha dentro do jogo Ghost Recon: Future Soldier, se comprado nas lojas GameStop.[35]
G4TV deu ao jogo 5/5, elogiando o mundo aberto, missões de campanha longas e satisfatórias, uma história competente e um jogo de armas sólido com muita variedade para desbloquear e personalizar. A IGN deu 9.0/10, elogiando o excelente elenco de personagens, encontros imprevisíveis com inimigos e o seu ambiente em mundo aberto.[43] A Edge também deu elogios ao jogo, chamando-o "selvagem, reactivo e imprevisível," dando a Far Cry 3 8/10.[39] A Game Informer deu a pontuação 9.0/10, elogiando a história, personagens, exploração em mundo aberto e a jogabilidade.[36] A GameTrailers deu 8.6/10, criticando o sentimento repetitivo da ilha mas elogiando a história, os personagens e as semelhanças com Assassin's Creed.[42]Far Cry 3 foi muito elogiado pela Eurogamer Portugal que lhe deu a pontuação 10/10, dizendo que é um verdadeiro exemplo de como desenhar um mundo aberto muito credível e chamando à história "envolvente e muito forte emocionalmente" comparando-a com Spec Ops: The Line.[40]
Uma das criticas mais baixas foi feita por Bob Mackey da 1UP que deu a pontuação B-. O critico diz que "Apesar das suas aspirações de glória, o FPS em mundo aberto da Ubisoft permanece entretenimento pipoca" e conclui dizendo que "Se esperas um jogo com um conto sombrio e selvagem da humanidade perdida prometido pelos vídeos e previsões, basta cortar o intermediário e alugar a ideia de Francis Ford Coppola sobre o mesmo tema - vais poupar 50 e poucos dólares e pelo menos, 20 horas."[37]
Controvérsia
A versão japonesa de Far Cry 3 foi censurada com algumas modificações em comparação com a versão original. De acordo com a Ubisoft os corpos feridos foram removidos, uma cena de sexo que mostra uma ferida aberta foi editada e matar três civis em sucessão resulta numa penalidade de morte-súbita para o jogador. Para além dessas mudanças, a versão em língua japonesa é a mesma que o lançamento ocidental confirma a Ubisoft.[47][48]