A eucromatina é uma forma levemente compactada de cromatina (DNA, RNA e proteína) que é enriquecida em genes e está frequentemente (mas nem sempre) sob transcrição ativa. A eucromatina contrasta com a heterocromatina, que é compactada e menos acessível para transcrição. 92% do genoma humano é eucromático.[1]
Em eucariotos, a eucromatina compreende a porção mais ativa do genoma dentro do núcleo celular. Em procariontes, a eucromatina é a única forma de cromatina presente; isso indica que a estrutura da heterocromatina evoluiu mais tarde junto com o núcleo, possivelmente como um mecanismo para lidar com o aumento do tamanho do genoma.
Estrutura
A eucromatina é composta de subunidades repetidas conhecidas como nucleossomos, que lembram um conjunto de contas desdobradas em uma corda, com aproximadamente onze nanômetros de diâmetro.[2] No centro desses nucleossomos estão um conjunto de quatro pares de proteínas histonas: H3, H4, H2A e H2B.[2] Cada proteína histona central possui uma estrutura de 'cauda', que pode variar de várias maneiras; acredita-se que essas variações atuam como "chaves de controle mestre" através de diferentes estados de metilação e acetilação, que determinam o arranjo geral da cromatina.[2] Aproximadamente 147 pares de bases de DNA são enrolados em torno dos octâmeros de histonas, ou um pouco menos de duas voltas da hélice.[3] Nucleossomos ao longo da fita são ligados entre si através da histona H1[4] e um pequeno espaço de DNA ligante aberto, variando de cerca de 0-80 pares de bases. A principal distinção entre a estrutura da eucromatina e da heterocromatina é que os nucleossomos na eucromatina são muito mais espaçados, o que permite o acesso mais fácil de diferentes complexos de proteínas à fita de DNA e, portanto, aumenta a transcrição gênica.[2]
Referências