Ester Cerdeira Sabino (São Paulo, 1960) é uma imunologista, pesquisadora e professora universitária brasileira. Tornou-se conhecida devido ao sequenciamento do genoma do novo coronavírus.[1]
Percurso
É professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,[2] e pesquisadora do Laboratório de Parasitologia Médica.[3] Formada em medicina pela Universidade de São Paulo em 1984, defendeu doutorado em imunologia em 1994, sob a orientação de Antonio Walter Ferreira.[4]
Dentre os trabalhos com pesquisa, destaca-se em segurança transfusional, vírus da imunodeficiência humana, doença de Chagas, arboviroses e anemia falciforme
Em 6 de março de 2020, foi homenageada com uma personagem pela produção Mauricio de Souza por seu trabalho em sequenciar o genoma do novo coronavírus.[5]
Em 04 de maio de 2022, a Professora Doutora Ester Cerdeira Sabino tomou posse como membro titular da Academia Brasileira de Ciências - ABC, durante uma cerimônia realizada no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro.[6]A ABC é independente e sem fins lucrativos, destacando-se como sociedade científica honrosa, comprometida com temas cruciais para a sociedade e embasando políticas públicas.
Covid-19
O grupo de pesquisadoras brasileiras, que inclui Sabino, conseguiu sequenciar em quarenta e oito horas, o que pesquisadores de outros países levam em média quinze dias para obter o mesmo resultado.[7]
O sequenciamento descoberto é fundamental para conhecer o genoma e a diversidade do vírus, sendo importante tanto para o diagnóstico como para a formulação de vacinas e de respostas ao medicamento diante das mutações, segundo Ester. A pesquisadora ainda aponta que, em momentos críticos, quanto mais rápida a descoberta, mais fácil fica a vigilância e o trabalho de dar resposta à epidemia.[2][4]
Além disso, Sabino defende a expansão da divulgação científica nacional e o fomento aos investimentos na produção científica do Brasil.[8]
Reconhecimento
Em 2021, foi criado, em sua homenagem, o Prêmio Ester Sabino para Mulheres Cientistas do Estado de São Paulo pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a Academia de Ciências do Estado de São Paulo. [9] Recebeu a Medalha Armando de Salles Oliveira concedida pela Universidade de São Paulo por liderar as pesquisas do sequenciamento do genoma do novo Coronavírus no Brasil. [10][11]
Referências
Ligações externas