Comboios diversos circulando a sul da estação da Covilhã, junto ao Jardim do Lago.
Descrição
Localização e acessos
Esta interface tem acesso pelo Largo da Estação, na localidade de Covilhã.[6][7]
A Central de Camionagem local dista mais de meio quilómetro do local da estação,[8] situando-se a paragem mais próxima a menos de cem metros da estação, ainda que fora do enquadramento do largo fonteiro à estação, onde se disponibiliza estacionamento para táxis e automóveis particulares.[9]
Serviços de passageiros na Covilhã: Regional (sup., 2009) e intercidades (inf., 2008).
Caraterização física
Esta interface apresenta apenas três vias de circulação (I, II, e III), com comprimentos de 488, 288, e 322 m, respetivamente e cada uma acessível por plataforma de 220 m de comprimento e 685 mm de altura.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado poente da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Guarda).[10][11]
No local desta interface há um limiar de tipologia ferroviária no que respeita ao comprimento máximo dos comboios de mercadorias, que é de 480 m no troço Covilhã-Fundão e 650 m no troço Guarda-Covilhã.[3]
O primeiro troço da Linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e Abrantes, começou a ser construído nos finais de 1885, e entrou em exploração no dia 6 de Setembro de 1891, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. A estação foi o terminal provisório da linha até 11 de Maio de 1893, quando entrou ao serviço o lanço seguinte, até à Guarda.[4]
Século XX
Em 1913, existiam carreiras de diligências e de automóveis ligando a estação à Covilhã, indo as diligências até Unhais da Serra, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro.[13]
Em Abril de 1991, a Covilhã era utilizada como local de manobra de comboios colectores-repartidores.[15] Em 1992, a Covilhã era servida por comboios Regionais até à Guarda, realizados por automotoras da Série 0300.[15]
Século XXI
Em 9 de Março de 2009, a empresa Rede Ferroviária Nacional encerrou temporariamente o lanço da Linha da Beira Baixa entre as estações da Covilhã e Guarda, tendo sido organizado um serviço rodoviário de substituição, que parava em todas as estações e apeadeiros do troço encerrado.[16]
A estação da Covilhã era à época servida pela carreira 10 da Covibus (Grupo Avanza),[17] até ao fim da respetiva concessão,[quando?] que se iniciara a 1 de Maio de 2009.[17]
Segundo dados oficiais de 2012, a estação da Covilhã apresentava duas vias de circulação, ambas com 1128 m de comprimento, e duas plataformas de 200 m, tendo a primeira 30 cm de altura, e a segunda, 70 cm[18] — valores mais tarde[quando?] ampliados para os atuais.[3]
Depois de doze anos de encerramento, as obras no troço Covilhã-Guarda foram finalizadas em abril de 2021; as primeiras circulações tiveram início no dia 2 de maio de 2021.[19][20]
O edifício de passageiros da Covilhã: nas obras de 2009 (sup.) e dez anos depois (inf.).
A viagem estava no fim. Na estação da Covilhã entraram os últimos reforços. Mas já ninguém se alvoraçou. Aniquilados, tensos de expectativa, a sombra do Seminário chegava já até ali, pesava densamente sobre todos.
↑«Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 6 de Março de 2018
MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
Leitura recomendada
Viver a Covilhã programa polis: Plano Estratégico de Covilhã. Lisboa: Programa Polis - Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território. 2001. 57 páginas
CERVEIRA, Augusto; CASTRO, Francisco Almeida e (2006). Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70. Col: Para a História do Caminho de Ferro em Portugal. Volume 5. Lisboa: CP-Comboios de Portugal. 270 páginas. ISBN989-95182-0-4
DELGADO, Rui (2001). História da Covilhã: 1800 a 1926. Covilhã: Escola Secundária Frei Heitor Pinto. 22 páginas
SALGUEIRO, Ângela (2008). A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: 1859-1891. Lisboa: Univ. Nova de Lisboa. 145 páginas
SILVA, José Ribeiro da; RIBEIRO, Manuel (2007). Os Comboios em Portugal. Col: Os Comboios em Portugal. III de 5 1.ª ed. Lisboa: Terramar-Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda. 203 páginas. ISBN978-972-710-408-6A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)