Em Roma, uma perigosa revolta de escravos foi evitada graças a dois delatores, recompensados com 10 000 asses cada um.[5]
Mas Júpiter estragou estes planos malignos e, graças à delação de dois participantes do complô, os culpados foram presos e punidos. Os informantes foram recompensados com 10 000 asses pagos pelo erário estatal — uma soma atualmente considerada uma verdadeira fortuna — e lhes foi conferida a liberdade.
Na política externa, Lívio relata apenas a habitual movimentação hostil dos équos e o estranho comportamento da cidade de Labico.[5]
Mas, como a delegação enviada a Labico retornou com respostas ambíguas, das quais se intuía que não estavam se preparando para a guerra, mas também que a paz não duraria muito, os romanos encarregaram aos tuscolanos a tarefa de garantir que Labico não se tornaria uma nova ameaça de guerra.
O ano, como o anterior, foi caracterizado por relatos de tranquilidade no cenário externo e de tensões crescentes no interno, principalmente por causa da questão agrária defendida pelos tribunos da plebe.
Consulado (411 a.C.)
Espúrio Náucio foi eleito cônsul em 411 a.C. com Marco Papírio Atratino,[7] num ano que Roma sofria com uma epidemia (e a fome resultante) iniciada no ano anterior, que os cônsules tentaram remediar importando cereais da Sicília e das cidades etruscas do vale do Tibre.
Roma, enquanto continuava o cerco a Veios iniciado no anterior, voltou suas atenções aos volscos, que foram derrotados numa batalha campal entre Ferentino e Ecetra. Os romanos conseguiram conquistar a cidade volsca de Artena, graças principalmente à traição de um escravo, que indicou aos soldados uma passagem que levava diretamente à fortaleza e a partir da qual puderam atacar os defensores.[8]
T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas