A Escola de Engenharia comemorou em 2011 o seu Centenário de fundação.[1][2]. Ao longo de mais de um século, graduou mais de 30 mil engenheiros. A Escola de Engenharia é a maior escola pública de Engenharia da América Latina,[2] mantém vários projetos de Pesquisa e Desenvolvimento em convênio com empresas do setor de energia, siderúrgico, mineração, dentre outros, podendo-se citar, por exemplo: Cemig, Petrobrás, Embraer, Eletrobrás, Usiminas. Além disso, a Escola de Engenharia da UFMG vem repensando a forma de ensino e a transferência para a sociedade do conhecimento gerado no desenvolvimento de tecnologias que têm potencial para contribuir para o bem-estar da população[3]
História
No dia 21 de maio de 1911, quando era celebrado o centenário de Cristiano Ottoni, considerado o patrono da Engenharia Nacional, reuniram-se na capital mineira no prédio da Sociedade Mineira de Agricultura ilustres intelectuais, sob a presidência do então Secretário da Agricultura, com a finalidade de fundar o estabelecimento de ensino superior que ficou chamado Escola Livre de Engenharia.[1] Assim, neste ano foi fundada a Escola de Engenharia, sendo mais tarde uma das quatro unidades acadêmicas[1] que em 1927 deram origem à UFMG, na época denominada Universidade de Minas Gerais (UMG).
As aulas começaram no dia 8 de abril de 1912, em Belo Horizonte, na então Avenida do Comércio, hoje avenida Santos Dumont, 174. A Escola fez vários ensaios, ao longo dos anos, de transferência para o campus Pampulha, ideia aprovada formalmente pela sua Congregação em 1943. Em 22 de abril de 1989, a Escola foi transferida para a Rua Espírito Santo, 35, e em seu antigo prédio passou a funcionar o Centro Cultural da UFMG.
Com o intuito de integrar o projeto da chamada Cidade Universitária, a Escola construiu prédios que acabaram ocupados por outras atividades, como o Instituto de Pesquisas Radioativas da Escola de Engenharia, onde funciona o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN)[4]; e o Instituto de Mecânica, que abrigou o Colégio Técnico. Também iniciou as fundações para o Instituto de Eletrotécnica, que não foi construído.
Na década de 1980, o Departamento de Engenharia Mecânica passou a funcionar no campus Pampulha, em galpões que, mais tarde, reformados e ampliados, integrariam o complexo no campus Pampulha. Na década seguinte, foi a vez do Departamento de Engenharia Elétrica mudar-se para o campus. Desde 2004, quando tiveram início as obras do atual complexo, outros setores da Escola passaram a ocupar as novas instalações, que hoje, concluídas, abrigam uma comunidade composta por cerca de sete mil pessoas, entre professores, funcionários e alunos.
O atual diretor da Escola é o Prof. Cícero Murta Diniz Starling, em recondução do mandato, que se encerra em junho de 2026.[5][6]
Atualmente a Escola de Engenharia da UFMG oferece 11 cursos de graduação, a maioria no turno diurno, sendo que dois são ofertados em período diurno ou noturno, e um no turno noturno. A escolha pelo curso, até a adoção do SiSU pela UFMG em 2014,[9] era tomada no ato da inscrição ao vestibular da UFMG. Ao todo, a Escola de Engenharia oferece 1.010 vagas no vestibular, sendo a maior faculdade pública de Engenharia do Brasil.[10] Os cursos da Escola de Engenharia seguem o modelo de flexibilização curricular, permitindo que o aluno possa modelar sua formação, montando um currículo de acordo com seu interesse na área. Para isso, ele pode até mesmo incorporar disciplinas das mais diferentes Unidades Acadêmicas da UFMG[11].
Até 2010, a Escola de Engenharia formou 21.364 engenheiros. Atualmente, formam-se cerca de 700 engenheiros por ano, número que deve aumentar nos próximos anos tendo em vista a ampliação de vagas e cursos de graduação desde 2010.
Até abril de 2011, a Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais formou 521 doutores e 3.259 mestres em seus 10 cursos de Pós-GraduaçãoStricto sensu. Em 2011 foram ofertadas 448 vagas nos 10 Programas Pós-Graduação Stricto sensu, sendo 124 vagas para o doutorado e 324 vagas para o mestrado.