Uma epidemia de encefalite letárgica se espalhou pelo mundo entre 1915 e 1926, principalmente na Europa e na América do Norte[3]; cerca de 1 milhão de pessoas foram afetadas, e a metade delas morreu.[4] Desde então, foram registrados somente casos isolados da doença. A causa exata da doença, bem como a origem da epidemia de 1915, permanecem desconhecidos.
Pesquisadores britânicos concluíram, com uma amostra de 20 casos recentes, que todos foram precedidos de uma inflamação de garganta de origem bacteriana. Russell Dale também encontrou referências a faringites bacterianas, causadas por diplococos, nos casos da década de 1920; teoriza-se que a encefalite letárgica tenha origem numa reação auto-imune exagerada do corpo humano ante inflamações de garganta.[8]
A hipótese de que a encefalite aguda esteja relacionada com o vírusinfluenza A H1N1, causador da gripe comum[9], não foi confirmada por estudos genéticos.[10]
Tratamento
Não existe cura conhecida para a encefalite letárgica; o tratamento é de alívio dos sintomas e apoio ao paciente.[2] Embora a Levodopa (L-DOPA) evoque melhora dramática dos sintomas, o efeito é, em geral, temporário. O neurologista Oliver Sacks escreveu um livro, que deu origem ao filme de HollywoodAwakenings, sobre sua experiência com a Levodopa no tratamento de pacientes com encefalite letárgica.
Referências
↑MARTINELLI, J. E. Síndrome Astenoemocional em Idosos: correlação dos dados clínicos, laboratoriais e neuropsicológicos. Campinas, SP. 2008
↑ ab«BBC Health». Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2013
↑Economo, C. (1917). Encephalitis lethargica. Wiener Klinische Wochenschrift. 30, 581–585.
↑ Triarhou, L. C. (2007). The Economo-Koskinas Atlas Revisited: Cytoarchitectonics and Functional Context. Stereotactic and Functional Neurosurgery, 85, 195-203