As eleições gerais peruanas de 2001 foram realizadas em dois turnos com o 1º turno sido realizado em 8 de abril e o 2º turno em 3 de junho e destinaram-se a eleger o novo presidente do Peru, bem como renovar a totalidade dos 130 assentos do Congresso da República. Tal situação ocorreu diante do fato de que nenhum dos candidatos que participaram da eleição presidencial obteve a maioria absoluta dos votos em 1º turno. Desse modo, Alejandro Toledo, filiado ao Perú Posible, e Alan García, ex-presidente entre 1985 e 1990 e filiado à Aliança Popular Revolucionária Americana (APRA), disputaram um 2.º turno após terem sido os dois candidatos mais votados.
Ao final da disputa, Toledo, que já havia sido o candidato mais votado no 1º turno após obter 36,51% dos votos válidos, confirmou o favoritismo apontado pelas pesquisas de opinião e sagrou-se vencedor do pleito com 53,08% dos votos contra 46,92% obtidos por García.[1]
Antecedentes
Após a renúncia do então presidente Alberto Fujimori em 21 de novembro de 2000 realizada mediante a envio de um fax feito em um hotel no Japão, país onde encontrava-se hospedado em viagem oficial, o Congresso da República aprovou imediatamente no dia seguinte uma moção de deposição do presidente sob a alegação formal de "incapacidade moral permanente"[2]. Obedecendo ao rito de sucessão presidencial definido pela Constituição de 1992, o 1º vice-presidente do país à época, Francisco Tudela, seria necessariamente o próximo membro da linha sucessória a assumir a presidência. Entretanto, diante do caos político em que encontrava-se o país que impedia uma sucessão presidencial tranquila, também renunciou ao cargo.[3]
A 2ª vice-presidente do país e também presidente do Congresso da República, Martha Hildebrandt, tampouco contava com reconhecimento e apoio da oposição política ao regime fujimorista e acabou destituída de suas funções com a eleição de um novo presidente do parlamento unicameral peruano: Valentín Paniagua, um congressista de oposição filiado à Ação Popular (AP), que contou com o apoio majoritário do parlamento para assumir a presidência do país e liderar um governo de transição que fosse responsável por restituir a democracia no Peru através da organização de novas eleições gerais para o ano seguinte.[4]
Resultados eleitorais
Eleição presidencial
Resultados da apuração dos votos
Candidato(a)
|
Partido
|
1.º turno[5]
|
2.º turno[6]
|
Situação
|
Votos válidos
|
%
|
Votos válidos
|
%
|
Alejandro Toledo
|
Perú Posible
|
3 871 167
|
36.51
|
5 548 556
|
53.08
|
Sim Eleito
|
Alan García
|
APRA
|
2 732 857
|
25.78
|
4 904 929
|
46.92
|
Não Não eleitos
|
Lourdes Flores
|
PPC
|
2 576 653
|
24.30
|
–
|
–
|
Fernando Olivera
|
FIM
|
1 044 207
|
9.85
|
Demais candidatos
|
Demais partidos
|
376 836
|
3.56
|
Votos válidos
|
10 601 720
|
86.44
|
10 453 485
|
86.19
|
–
|
Votos em branco/nulos
|
1 662 629
|
13.56
|
1 675 484
|
13.81
|
Votos registrados
|
12 264 349
|
100.00
|
12 128 969
|
100.00
|
Comparecimento eleitoral
|
14 906 233
|
82.23
|
14 906 233
|
81.37
|
Referências
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Gerais | |
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Parlamentares | |
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