Apoiou a política do New Deal, criada por seu marido e primo de quinto grau, o presidente Franklin Delano Roosevelt, e tornou-se grande defensora dos direitos humanos. Após a morte do marido, em 1945, Roosevelt continuou a ser uma defensora, porta-voz, ativista internacional para a coalizão do New Deal. Trabalhou para melhorar a situação das mulheres trabalhadoras, embora tenha sido contra a política dos direitos iguais, pois acreditava que ela afetaria negativamente as mulheres.[1]
Uma figura ativa na política durante toda a sua vida, Eleanor Roosevelt presidiu a comissão da inovadora administração de John F. Kennedy que deu início a segunda onda do feminismo, a Comissão Presidencial sobre o Status da Mulher. Seu tio, Theodore Roosevelt, foi duas vezes presidente dos Estados Unidos. Eleanor Roosevelt tinha ancestrais neerlandeses.[3]
Casamento
Em meados de 1902, Franklin Roosevelt começou a cortejar sua futura esposa.[4] Primos de quinto grau, conheceram-se durante a infância; Eleanor era sobrinha de Theodore Roosevelt.[5] Eles começaram a trocar correspondências em 1902 e, em outubro de 1903, a pediu em casamento.[6][7] Em 17 de março de 1905, Roosevelt se casou com Eleanor em Nova Iorque, apesar da forte resistência de sua mãe.[8] Sara Roosevelt era muito possessiva com seu filho, acreditando que ele era jovem demais para se casar; contudo, Eleanor não a desagradava. Por várias vezes, tentou fazer com que o casal rompesse o noivado.[9] Durante o casamento, o tio de Eleanor, presidente Theodore Roosevelt, conduziu a noiva até o altar, visto que seu pai, Elliott, havia morrido.[10]
Após o casamento, o jovem casal se mudou para Springwood, em Hyde Park. A casa era de propriedade de Sara Roosevelt até sua morte em 1941; Sara também morava lá.[11] Franklin e sua mãe fizeram o planejamento e o mobiliário de uma casa que ela construiu para o jovem casal na cidade de Nova Iorque; ao lado desta, Sara construiu uma casa igual para ela. Eleanor nunca se sentiu em casa nas residências de Hyde Park ou Nova Iorque, mas adorava a casa de férias da família na Ilha Campobello, a qual Sara deu ao casal.[12]
O biógrafo James MacGregor Burns escreveu que o jovem Roosevelt era seguro de si e à vontade na classe alta.[13] Em contraste, Eleanor na época era tímida e não gostava da vida social, ficando em casa para criar seus vários filhos. Como seu pai, deixou a criação dos filhos para sua esposa, enquanto Eleanor, por sua vez, dependia em grande parte de cuidadores contratados para criá-los. Referindo-se à sua experiência inicial como mãe, ela afirmou posteriormente que não sabia "absolutamente nada sobre como lidar ou alimentar um bebê".[14] Embora Eleanor tivesse aversão à relação sexual e a considerasse "uma provação a ser suportada",[15] ela e Franklin tiveram seis filhos: Anna, James e Elliott nasceram em 1906, 1907 e 1910, respectivamente. O segundo filho do casal, Franklin, morreu na infância em 1909. Outro filho, também chamado Franklin, nasceu em 1914, e o filho mais novo, John, nasceu em 1916.[16]
Roosevelt teve vários casos extraconjugais, incluindo um com a secretária de Eleanor, Lucy Mercer, que começou logo depois que ela foi contratada no início de 1914.[17] Em setembro de 1918, Eleanor encontrou na bagagem do marido cartas revelando o caso. Franklin pensou em se divorciar de Eleanor, mas Sara se opôs fortemente e Lucy não concordaria em se casar com um homem divorciado com cinco filhos.[18] Franklin e Eleanor continuaram casados, e ele prometeu nunca mais ver Lucy. Eleanor nunca o perdoou verdadeiramente, e o casamento deles a partir de então foi mais uma parceria política.[19] Eleanor logo depois estabeleceu uma casa separada em Hyde Park, e cada vez mais se dedicou a várias causas sociais e políticas de forma independente ao marido. A ruptura emocional no casamento foi tão profunda que, quando Roosevelt pediu a Eleanor em 1942 que voltasse para casa e morasse com ele novamente—devido à sua saúde debilitada—, ela recusou.[20] Roosevelt nem sempre estava ciente de quando a esposa visitava a Casa Branca e, por algum tempo, a primeira-dama não conseguiu contatá-lo por telefone sem a ajuda de sua secretária; Roosevelt, por sua vez, não visitou o apartamento de Eleanor em Nova Iorque até o final de 1944.[21]
Franklin quebrou sua promessa com Eleanor de se abster de ter novos casos extraconjugais. Ele e Lucy continuaram trocando correspondências e começaram a se ver novamente em 1941, ou talvez mais cedo.[22][23] Lucy estava com Roosevelt no dia em que morreu em 1945. Apesar disso, o caso extraconjugal do presidente não foi amplamente conhecido até a década de 1960.[20] O filho de Roosevelt, Elliott, afirmou que seu pai teve um caso com sua secretária particular, Marguerite "Missy" LeHand, durante vinte anos.[24]