Edwin Moses (Dayton, 31 de agosto de 1955) é um ex-atleta norte-americano, bicampeão olímpico dos 400m c/ barreiras e o maior nome da história desta prova olímpica, vencendo 122 delas - 107 consecutivamente - num período de dez anos e quebrando quatro vezes o recorde mundial da distância.
Revelando-se rapidamente nos 400m com barreiras, ele tinha a característica de dar treze passadas entre as barreiras, ao invés das quatorze dadas por todos os atletas, o que lhe permitia ganhar tempo a partir da metade da prova, sem precisar trocar de passada ao saltar.[1] Qualificado para os Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976, depois de vencer a seletiva americana, em sua primeira competição internacional de vulto ganhou a medalha de ouro olímpica e quebrou o recorde mundial da prova, com a marca de 47s63.[1]
Após quebrar sua própria marca mundial no ano seguinte, Moses foi derrotado pelo alemão-ocidentalHarald Schmid numa competição em agosto de 1977, em Berlim.[1] A partir daí, e com uma vitória sobre Schmid na semana seguinte em Dusseldorf, Moses venceu todas as provas das quais participou pelos próximos nove anos, nove meses e nove dias.
Depois da derrota para Harris, Moses voltou a vencer dez provas consecutivas até encerrar sua participação em Olimpíadas, com a medalha de bronze da prova nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, mesmo assim fazendo seu melhor tempo numa final olímpica. O vencedor, Andre Phillips, o idolatrava desde a escola secundária e já havia perdido para Moses 20 vezes em competições anteriores, incluindo a seletiva norte-americana para Seul 1988.[1]
Reformas no COI
Em 1979, para poder se dedicar com exclusividade ao atletismo, precisou tirar um período de licença da empresa em que trabalhava, a General Dynamics. Baseado na experiência, em que apesar de manter o status de empregado não recebia, pelos próximos dois anos ele tornou-se porta-voz e peça-chave de uma campanha entre os atletas pela mudança nas regras, junto ao Comitê Olímpico Internacional, com relação ao amadorismo exigido aos atletas, que prejudicava os norte-americanos, pois os atletas dos países comunistas eram subliminarmente sustentados por seus governos.
Sua dedicação à isso, levou à criação de um fundo de investimento atlético, que permitia a governos e empresas comerciais, bancarem o treinamento destes atletas, através de pagamento através dos comitês olímpicos ou de vínculo comercial a produtos destas empresas. O projeto foi levado ao presidente Juan Antonio Samaranch, teve o endosso do comitê diretivo do COI e foi ratificado em 1981, permitindo a sobrevivência de comitês nacionais através do patrocínio comercial, trazendo a era do profissionalismo aos Jogos Olímpicos.[3]
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