Eduardo Óscar Wagner (Lisboa, 24 de Setembro de 1852 - Lisboa, 17 de Outubro de 1899) foi um músico português.[1][2]
Biografia
Era filho do Professor do Conservatório Real de Lisboa Ernesto Vítor Wagner, Alemão, parente do grande Mestre Richard Wagner,[3] e de sua mulher Leopoldina Carolina Neuparth, Judia Asquenaze Alemã.[1][2]
Nesse estabelecimento, para onde entrou em 1864, fez a sua aprendizagem de violoncelo com Guilherme Cossoul, de quem foi um dos melhores e mais queridos alunos, terminando o curso, com distinção, em 1870. Havia estudado, igualmente, no Conservatório com seu pai, trompa, instrumento em que veio a revelar rara habilidade.[1] Foi notável trompista e violoncelista.[2]
O casamento de sua irmã Virgínia Henriqueta Wagner foi festejado com um interessante Concerto no Salão da Trindade, a 27 de Outubro de 1869, em que tomou parte toda a família Wagner, como que para festejar os seus desposórios. Virgínia Henriqueta Wagner executou, com acompanhamento de Orquestra, o concerto em ré menor, de Wolfgang Amadeus Mozart, e um tema com variações de Sigismond Thalberg; os dois irmãos, Eduardo Óscar Wagner e Vítor Augusto Wagner, e a irmã, executaram o primeiro trio de Felix Mendelssohn Bartholdy e o trio em dó menor, de Ludwig van Beethoven.[3][4][5]
Quando, em 1874, Guilherme Daddi fundou a primeira Sociedade de Quartetos que existiu em Lisboa, foi um dos seus componentes dum notável Quarteto, o mesmo sucedendo, em 1876, com seu irmão Vítor Augusto Wagner, de regresso a Lisboa, e com José Vieira, e que realizou cinco brilhantes Concertos.[1][3]
Começando, em 1878, a substituir provisoriamente o seu ex-Mestre Guilherme Cossoul na Regência da Cadeira de Violoncelo, no Conservatório Real,[2] a 12 de Outubro de 1881, depois da morte deste, mediante concurso, foi nela definitivamente provido. Através da sua actividade docente, logrou criar uma plêiade de discípulos.[1]
Em 1884, empreendeu uma viagem de estudo à Alemanha, onde visitou Hamburgo, Berlim, na Prússia, Leipzig e Dresden, na Saxónia, cidades em que lhe foi dado ouvir os grandes mestres do violoncelo.[1]
O seu nome consta na lista de colaboradores da revista A Arte Musical [6] (1898-1915).
Faleceu solteiro e sem geração.[2]
Referências