Fonte principal: [[6] The World Factbook] Salvo indicação contrária, os valores estão em US$
A economia da República da Irlanda é pequena, moderna e dependente do comércio, tendo mantido um crescimento médio de 6% entre 1995 e 2007 - entre 1995 e 2001 foi em média de 9%, tornando-a o país desenvolvido com o maior crescimento do PIB. Entretanto, seu crescimento sofreu forte retração em 2008: 1,7%, demonstrando a primeira recessão em mais de uma década.[6]
A agricultura, em tempos o setor mais importante, tem agora muito pouca importância quando comparada com a indústria, que é responsável por 38% do PIB, cerca de 80% das exportações e que emprega 28% da força de trabalho. Embora as exportações se mantenham como o principal motor para o grande crescimento da economia irlandesa, esta também tem beneficiado de um aumento nos gastos dos consumidores e de uma recuperação no investimento na construção e nos negócios.
Ao longo da última década, o governo irlandês tem implementado uma série de programas econômicos nacionais destinados a controlar a inflação, diminuir os impostos, reduzir a percentagem que o investimento público tem no PIB, aumentar a qualificação da mão de obra e promover o investimento estrangeiro. A Irlanda juntou-se a outros 11 países da UE no lançamento do euro em janeiro de 1999. Este período de grande crescimento econômico levou muitos autores a chamar à Irlanda o "Tigre Celta". A economia sentiu o impacto do abrandamento econômico global de 2001, em especial no setor de exportação de alta tecnologia; a taxa de crescimento diminuiu para cerca de metade.
No entanto, após a grande aposta na construção na última década, o crescimento econômico está a abrandar. Houve uma queda significativa nos preços da habitação e do custo de vida, que está a começar a estabilizar, depois de subir todos os anos durante o boom econômico. Durante o crescimento, a Irlanda tinha desenvolvido a reputação como um dos países mais caros da Europa. A economia irlandesa contraiu-se para os -1,7% em 2008, ante o crescimento de 4,7% em 2007, e em 2009, tanto o Governo irlandês como a ESRI preveem que a economia poderia contrair mais de 9%, o que seria uma das maiores contrações econômicas de qualquer economia ocidental desde a II Guerra Mundial. A enorme redução na construção causou uma recessão econômica maciça da Irlanda. A ESRI recentemente previu que a economia irlandesa não vai recuperar, até 2011, onde o crescimento poderia voltar para os 5% por ano até 2015. A Irlanda tem agora o segundo mais alto nível de endividamento das famílias no mundo, atingindo os 190% do rendimento familiar.[8]
A crise econômica mundial está afetando fortemente a economia irlandesa, agravando os problemas econômicos internos relacionados com o colapso imobiliário irlandês. A Irlanda foi o primeiro país da UE a entrar oficialmente em recessão declarada.[10] O país foi despojado da sua classificação de crédito AAA e rebaixado para AA+ pela agência de avaliações Standard & Poor's, em razão das suas fracas perspectivas financeiras e da pesada dívida do Governo.[11]
Em 24 de novembro, foi anunciado o Plano de Recuperação Nacional 2011-2014, que propõe cortes nos gastos públicos e aumento de impostos, totalizando 15 bilhões de euros até 2014 (6 bilhões até 2011). Dentre outras medidas, o Plano prevê a redução do salário mínimo (que passaria a €7.65/hora), aumento do VAT (de 21% para 22% em 2013, e 23% in 2014) e das mensalidades das universidades. Os gastos sociais devem ser reduzidos em cerca de 14% no período, com cortes de 5% ao ano. Até 2014 devem ser cortados 13.200 postos de trabalho no serviço público, além dos 12.000 já excluídos anteriormente. O comissário da União Europeia para Assuntos Econômicos e Monetários considerou que o plano deve constituir a base do programa de ajuda do FMI e da UE ao governo irlandês.[13][14]
Comércio exterior
Em 2020, o país foi o 31º maior exportador do mundo (US $ 169,8 bilhões em mercadorias, 0,9% do total mundial). Na soma de bens e serviços exportados, chega a US $ 502,3 bilhões e fica em 13º lugar mundial.[15][16] Já nas importações, em 2020, foi o 33º maior importador do mundo: US $ 97,9 bilhões.[17]
O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela lista de 2019, a Irlanda tinha a 19ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 119,8 bilhões).[20]
Em 2019, a Irlanda não produzia veículos e não estava entre os 40 maiores produtores do mundo de aço.[21][22][23] Em 2018, foi o 33º maior produtor mundial de cerveja (à base de cevada) (800 milhões de litros)[24] e o 6º maior produtor mundial de manteiga[25]
Energia
Nas energias não-renováveis, em 2020, o país não produzia petróleo.[26] Em 2011, o país consumia 144 mil barris/dia (67º maior consumidor do mundo).[27][28] O país foi o 52º maior importador de petróleo do mundo em 2013 (66,4 mil barris/dia).[26] Em 2015, a Irlanda era o 80º maior produtor mundial de gás natural, com uma produção quase nula. Em 2015 o país era o 63º maior consumidor de gás (4,3 bilhões de m³ ao ano) e era o 31º maior importador de gás do mundo em 2010: 5,2 bilhões de m³ ao ano.[29] O país não produz carvão.[30]
Nas energias renováveis, em 2020, a Irlanda era o 20º maior produtor de energia eólica do mundo, com 4,3 GW de potência instalada, e não produziam energia solar.[31]
Setor terciário
Turismo
Em 2017, a Irlanda foi o 35º país mais visitado do mundo, com 10,3 milhões de turistas internacionais. As receitas do turismo, neste ano, foram de US $ 5,6 bilhões.[32]