O diferencial total de uma função real de várias variáveis reais corresponde a uma combinação linear de diferenciais, cujos coeficientes compõem o gradiente da função.
Por exemplo, se é uma função diferenciável, então o diferencial total de z é:
Visualização
Para uma função de 2 variáveis, como no caso acima, numa região pequena o bastante nas vizinhanças do ponto , a imagem da função pode ser aproximada por um plano.
Os pontos, formam um paralelogramo nesse plano.
A variação total da função, que corresponde à diferença de altura entre o vértice mais alto e o mais baixo do paralelograma, é a soma das diferenças de altura entre os vértices superior a um dos intermediários e deste ao inferior:
.
Como as derivadas parciais são as tangentes dos ângulos em cada plano vertical, obtêm-se dos triângulos retângulos:
e
Quando e tendem a zero:
Representação
Em cálculo vetorial, o diferencial total de uma função pode ser representado como:
Quando os argumentos de uma função são por sua vez também funções: e , os cálculos de e podem ser obtidos a partir da expressão do diferencial total:
Pela definição de derivada parcial:
→
O numerador pode ser visto como um diferencial total de uma função de x e y entre os pontos e
,
onde e
Substituindo na expressão de ,
→
Mas,
→ e
→
Logo, temos a expressão da regra da cadeia para 2 variáveis:
E de forma análoga:
Derivada total
A derivada total é uma caso particular da regra da cadeia, quando os argumentos de f (x,y,z), só dependem, cada um deles, de uma variável: x= x(t), y=y(t), z= z(t). Aplicando a regra da cadeia para este caso:
Sendo A um vetor pertencente a um espaço vetorial bem definido e v o campo de velocidades, ou seja, .
É necessário distinguir a notação de derivada total da parcial quando se deriva uma função do tipo que é fundamental para o cálculo de variações. A variável x aqui depende do tempo . Então, derivar em relação ao tempo resulta em:
Exemplo 1
Uma função simples:
Exemplo 2
Um exemplo um pouco mais complexo e ilustrativo poderia ser: nesse caso a derivada total é: