A cultura Tasiana (aprox. 4 500 a.C.), proposta em 1934 após escavações no sítio de Der-Tasa (Alto Egito), têm constantemente sido debatida no mundo acadêmico, pois muitos imaginam que ela não exista e que possivelmente não passe de um componente da cultura badariana.[1] Recentes descobertas realizadas no deserto oriental, no sítio de Uádi Atula (datado entre 4940-4 455 a.C.), indicam que a cultura tasiana realmente existiu como uma entidade cultural a parte, embora divergências também tenham sido constatadas nas escavações do novo sítio.[2] Material semelhante ao descoberto em Uádi Atula foi identificado no deserto ocidental, no sítio de Gebal Ramlah (perto de Nabta Plaia) e no vale do Nilo em uma caverna em Uádi Elhol.[3]
A cultura tasiana foi notável pela produção de cerâmica incisa marrom ou vermelha com a parte superior preta.[4] Sua economia era baseada no cultivo de trigo e cevada.[5] Em vista da tenuidade dos achados do período, Flinders Petrie desenvolveu um sistema chamado de Datação Sequencial pelo qual a data relativa, se não a data absoluta, de um determinado local do período pode ser verificado através do exame das alças de peças de cerâmica. Uma vez que há pouca diferença entre a cerâmica Tasiana e Badariana, a cultura Tasiana sobrepõe-se ao local da cultura Badariana na escala entre S.D. 21 e 29 de forma significativa.[6] A partir do período Tasiano em diante, parece que o Alto Egito foi fortemente influenciado pela cultura do Baixo Egito.[7]
Referências
Bibliografia
- Grimal, Nicolas (1988). A History of Ancient Egypt. [S.l.: s.n.]
- Gardiner, Alan (1964). Egypt of the Pharaohs. [S.l.]: Oxford: University Press