Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 2 109 999 habitantes e área territorial de 55 660 km² (4.7 % da área total do país[2]), sendo a quinta província mais populosa de Angola.[1][3]
Ora ficando sob influência administrativa do distrito de Benguela, ora ficando sob responsabilidade administrativa dos distritos de Luanda e Cuanza, o Cuanza Sul ficou à margem do desenvolvimento da colônia até o início do século XX.
Em 15 de setembro de 1917 o governo colonial decide por dividir o distrito de Cuanza em distrito de Cuanza Norte (sede em Golungo Alto) e distrito de Cuanza Sul (sede em Porto Amboim).[4]
No ano de 1955 a sede distrital foi transferida de Porto Amboim para a cidade de Sumbe.
Nesta província encontram-se os Montes Luvili, as Serras da Sanga e Bimbe, os Subaltiplanos e Altiplanos do Congolo e Mombolo, as Escarpas Amboim-Seles, as Escarpas do Libolo,[5] o Subplanalto Libolo-Seles[5] e o Planalto do Amboim (ou planalto da Gabela),[5] este último uma região algodoeira[6] e cafeeira importantíssima.[7]
Os maiores grupos étnicos presentes na província são os ambundos, ao norte, falantes do quimbundo, e; os ovimbundos, ao sul, falantes do umbundo. A principal língua falada é o português.[9]
Economia
As actividades econômicas mais importantes do Cuanza Sul estão ligadas ao seu forte setor agropecuário, principalmente o de lavouras permanentes. A industrialização está vocacionada para a transformação dos produtos agrícolas produzidos na própria província.
Agropecuária e extrativismo
As culturas permanentes mais relevantes são as do café,[10] da palmeira do dendém, da banana, dos citrinos, além de hortofrutícolas, como a goiaba.[11]
Já a lavoura temporária têm como destaque a cana-de-açúcar e o algodão, nas proximidades do litoral, e; o milho, trigo, batata, soja, arroz e girassol na região sub-planáltica.[11]
Existe a criação de gado bovino para corte e leite nas zonas média e alta do planalto, e no litoral, aproveitando os imensos campos naturais.[11]
A pesca extrativa marítima é um forte setor na baía do Quissonde e na faixa litorânea de Sumbe; enquanto que a pesca fluvial é praticada principalmente no Libolo e no Mussende.[11]
Indústria e mineração
É no subsetor agroindustrial em que se encontram as principais plantas industriais do Cuanza Sul. São vocacionadas basicamente para o beneficiamento do leite e da carne bovina. Existem ainda plantas agroindustriais relevantes para o beneficiamento mínimo do café e do arroz.[11]
Outra atividade que tem forte presença agroindustrial é o de extração madeireira, com movelarias, serrarias e marcenarias. Sua presença é registrada nos municípios de Seles, Libolo e Amboim, onde existem grandes quantidades de eucaliptos, pinheiros e gravilhas.[11]
Já a atividade mineral de cunho industrial registra massa salarial na extração de diamantes, calcário, areia e seixo.[12]
O setor comercial concentra-se no centros atacadistas de Sumbe e Porto Amboim, de importância estritamente regional, para fornecer alimentos e itens básicos para a província.[13]
Em matéria de serviços, o setor logístico têm grande destaque no escoamento de produtos pelo Porto do Cuanza Sul, em Porto Amboim.
Cultura e lazer
A província é famosa pelas suas pinturas rupestres da época do Neolítico e de ruínas de antigas fortificações, como a Fortaleza do Amboim, o Fortim do Quicombo, o Forte da Quibala e a Fortaleza de Calulu.[14]
Referências
↑ abSchmitt, Aurelio. Município de Angola: Censo 2014 e Estimativa de 2018. Revista Conexão Emancipacionista. 3 de fevereiro de 2018.
↑António, João. O micro-crédito como ferramenta para o relançamento da cultura do café na região agrícola do Libolo e Amboim. Universidade Técnica de Lisboa, 2008.