Ctrl (pronunciado "control") é o álbum de estreia da cantora e compositoraamericanaSZA. Foi lançado em 9 de junho de 2017 pelas gravadoras Top Dawg Entertainment e RCA Records.[1] Após o lançamento de sua extended playZ (2014), SZA começou a escrever para outros artistas e trabalhando para sua estréia, no entanto seu projeto de estréia foi encontrado com vários contratempos. SZA seguiu um processo analógico e contribuiu fortemente para as letras do álbum. O registro continuou até 2017 pelo qual ela criou duzentas músicas. Durante o processo de gravação, SZA optou por um método de estilo livre, dependendo de momentos no estúdio.[2]
SZA escreveu a maioria das canções e colaborou com produtores como Craig Balmoris, Frank Dukes, Carter Lang, Scum e ThankGod4Cody. O trabalho conjunto de compositores e produtores resultou em um projeto neo soul e R&B, com elementos de hip hop, música eletrônica, indie e soul. Liricamente, o álbum passa em torno de uma temática confessional, retratando tópicos referentes às relações e complexidades pessoais do amor moderno, incluindo o desejo, competição, ciúmes, regras sexuais, mídia social e baixa autoestima.
Além da grande aclamação da crítica especializada, o álbum teve um sucesso comercial considerável. Estreou na terceira posição da Billboard 200, com 60.000 cópias equivalentes na primeira semana de lançamento. Para promover o álbum, foram lançadas como sigles oficiais as faixas "Drew Barrymore", "Love Galore", "The Weekend" e "Broken Clocks", sendo o último lançado antes do álbum como single promocional. Até março de 2018, contava com certificação de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA), após a vendagem de 1.000.000 cópias equivalentes e puras no país. O álbum e as canções foram nomeadas para o Grammy Awards de 2018, além da indicação para Best New Artist.
Antecedentes
Após um encontro om membros da Top Dawg Entertainment durante o evento CMJ em 2011, uma amiga de SZA que a acompanhava apresentou seu trabalho ao rapper e empresário Terrence "Punch" Henderson, que gostou do material e manteve contato com a artista.[3] Dois anos depois, em junho de 2013, Top Dawg Entertainment anunciou projetos para contratar mais dois artistas.[4][5] Em 14 de julho, foir relevado que a gravadora tinha assinado um contrato com a artista SZA e, a partir deste contrato, SZA lançou o extended playZ (2014).[6] Após o lançamento do EP, SZA começou a compor para outros cantores, incluindo Beyoncé e Nicki Minaj. Durante a produção do álbum Anti, de Rihanna, SZA compôs uma canção para o seu álbum de estréia intitulada "LouAnne Johnson", porém a faixa foi comprada pela cantora barbadiana e lançada como "Consideration".[7] Em contrapartida, por esse e outros diversos motivos, o álbum sofreu atraso para o lançamento e inúmeras datas previstas. Em outubro de 2016, SZA criticou o descaso da gravadora e, caso o álbum não fosse lançado no tempo previsto, rescindiria o contrato.[8]
SZA revelou que Ctrl seria semelhante à mixtapeS, incluindo estilo trap e letras mais agressivas, além de trabalhar com artistas como James Fauntleroy, Hit-Boy e Felix Snow.[9] Acerca do concepção do álbum, SZA afirmou que passou quatro anos para criá-lo: "[Eu] sacrifiquei amigos, membros da família, meu peso, o jeito com o qual eu me sinto, o jeito com o qual eu sinto Deus e o jeito com o qual eu processo as informações." Acerca da inspiração advinda do seu controle de vida, ela afirmou: "[Ctrl] é um conceito. Eu estive sem controle durante minha vida toda e agora acho que o encontrei para o resto da vida."[10]
Ctrl recebeu grande aclamação pela crítica especializada. No Metacritic, o álbum recebeu uma média 86 de 100 pontos, baseada em 15 avaliações e com o indicativo de aclamação universal.[11] Tara Joshi, do jornal britânico The Observer, afirmou que as canções são "deliciosos conglomerados de jams com vozes delicadas e poderosas que remetem à feminilidade, à autoestima e à juventude".[19] Claire Lobenfeld, da publicação Pitchfork, chamou o álbum de "um opulento e cru álbum de R&B que constantemente testa as fronteiras de gênero" e nomeou a canção "Prom" como uma das faixas de destaque. Siena Yates, do jornal neozelandês The New Zealand Herald, descreveu o álbum como "um salto sonoramente rico e honesto na toca do coelho."[17]
Em outra avaliação, Jon Pareles, do jornal The New York Times, afirmou: "SZA comanda totalmente o primeiro plano de suas canções. Sua voz é direta e gravada para soar natural e sem afeto, esbanjando a idiossincrasia de suas conversações."[22] Jessica McKinny, da revista de entretenimento Vibe, diz que o álbum "definitivamente iniciou a jornada [de SZA] na direção certa. É cru, emotivo, rítmico, edificante corretamente e será um presente de verão para fãs antigos e novos.".[23] Além disso, referiu-se ao álbum como uma "perfeição despojada". Gerrick D. Kennedy, do jornal Los Angeles Times, chamou o álbum de "uma junção de partes iguais dolorosas, descaradas e incrivelmente honestas, nas quais as músicas são tenras, vulneráveis e frequentemente desafiadoras."[24]
Ryan B. Patrick, da Exclaim, refere-se à SZ como "o pacote completo em termos de arte: habilidade de canto e composições com uma perspectiva distinta sobre a vida, o amor e o destino". Diz, ainda, que Ctrl "é um ofício em ação, um álbum excepcionalmente excelente de uma artista excepcionalmente excelente."[15] Nastia Voynovskaya, da revista Paste, evoca a notabilidade relacionável do álbum com os vocais de Amy Winehouse e Billie Holiday.[25] Jamie Milton, da NME, disse que há no álbum "[uma junção] de ventos sem esforço entre narrativas e gêneros como se fosse brincadeira de criança [...] SZA não é uma estrela em formação, mas sim um talento de pleno direito que está se exibindo de forma prática."[18]