Crise na Venezuela

Crise na Venezuela
Crise na Venezuela
De cima para baixo, da esquerda para a direita:
  • Manifestantes na frente de forças de segurança
  • Prateleiras vazias em um supermercado na Venezuela. 
  • Milhões de venezuelanos protestam em Caracas, no dia 26 de outubro de 2016.
  • Venezuelanos em fila para entrar em uma loja.
Local  Venezuela

A atual crise na Venezuela é uma crise socioeconômica, política, humanitária, e migratória que o país tem sofrido desde o final do governo de Hugo Chávez, adentrando o atual governo de Nicolás Maduro. A queda do Produto interno bruto (PIB) nacional e per capita entre 2015 e 2018 tem sido mais grave do que a dos Estados Unidos durante a Grande Depressão, ou da Rússia, Cuba e Albânia após a dissolução da União Soviética.[1] É a pior crise econômica da história da Venezuela.[2]

Durante o ano de 2016, por exemplo, a inflação foi de 800% e a economia contraiu-se em 18,6%, os preços aumentaram tanto que um frango vale cerca de 1.200 bolivares soberanos.[3] Uma pesquisa indicou que cerca de 89% da população tinha perdido uma média de pelo menos 11 kg devido à falta de alimentação adequada.[4] A taxa de homicídios em 2015 foi de 90 por 100.000 habitantes, segundo o Observatório Venezuelano de Violência[5] (uma taxa maior que 10 por 100.000 habitantes é considerada como violência epidêmica pela Organização Mundial da Saúde).[6]

A crise foi o resultado de políticas populistas que se iniciaram como parte da "Revolução Bolivariana" do governo de Hugo Chávez. A crise se intensificou no governo de Maduro pela queda dos preços do petróleo no começo de 2015.[7][8]

A corrupção, a escassez de produtos básicos, o fechamento de empresas e a deterioração da produtividade e da competitividade são algumas das consequências da crise. De acordo com um estudo publicado em 2018 por três universidades venezuelanas, quase 90% dos venezuelanos agora vivem na pobreza.[9]

Antecedentes

Governo Hugo Chávez

Chávez vestindo uniforme militar em 2010

Com o aumento dos preços do petróleo no início da década de 2000 e com o dinheiro arrecadado, Hugo Chávez criou as Missões bolivarianas (ou apenas "Missões") visando melhorar a prestação de serviços públicos para a população.[10][11] De acordo com Corrales e Penfold, "a ajuda foi feita para alguns dos pobres, ajudando o presidente e seus aliados e comparsas mais do que qualquer outra pessoa".[12] As Missões implicaram a construção de milhares de clínicas médicas para os pobres e a expansão de alimentos e subsídios de habitação. Em 2010, um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA)[13] indicou melhorias no analfabetismo, saúde, pobreza,[14] e no avanço econômico e social.[15] A qualidade de vida para os venezuelanos também melhorou, de acordo com um índice da ONU.[16] Teresa A. Meade escreveu que a popularidade de Chávez dependia fortemente "das classes mais baixas que se beneficiam destas iniciativas de saúde e políticas semelhantes."[17]

As obras sociais iniciadas pelo governo Chávez dependiam do petróleo, a chave da economia venezuelana. A administração chavista sofreu de doença holandesa como um resultado.[18][19] Até o final da presidência de Chávez, no início de 2010, as ações econômicas realizadas por seu governo durante a década anterior, tais como o excesso de gastos[20][21][22][23] e controles de preços[24][25][26][27][28] provaram ser insustentáveis, com a economia da Venezuela vacilante, enquanto a pobreza,[29][30] a inflação[25] e a escassez na Venezuela aumentaram. De acordo com analistas, a crise econômica da Venezuela continuou a sofrer com o presidente Nicolás Maduro e teria ainda ocorrido com ou sem Chávez.[31] No início de 2013, logo após a morte de Chávez, a revista estadunidense Foreign Policy afirmou que quem suceder a Chávez iria "herdar uma das mais disfuncionais economias das Américas — e também a conta das políticas do falecido líder, que iria chegar".

Governo Nicolás Maduro

Diosdado Cabello ao lado de Nicolás Maduro e sua esposa, Cilia Flores

É impossível entender por que o governo não está reagindo à essa realidade, por que não tem adotado medidas para aliviar as distorções econômicas que estão destruindo a renda dos venezuelanos.

Barclays, Setembro de 2015

Em 2013 Nicolás Maduro foi eleito e, ao assumir a presidência da Venezuela, deu continuidade à maioria das políticas econômicas de Hugo Chávez. Mas Maduro também teve de enfrentar a alta taxa de inflação e grande escassez de bens[32][33] que foram herdadas do governo anterior.[34]

Em 2014, a Venezuela entrou em recessão econômica e, em 2015, a taxa de inflação havia atingido o valor mais elevado da história do país.[35]

O governo atribui a crise não somente à queda dos preços do petróleo - de USD 110,53, em 2013, para USD 57,49, em 2016), mas também ao boicote externo. Segundo Alfredo Serrano Mancilla, principal assessor econômico do presidente Maduro, "há uma onda de boicote financeiro internacional, com exceção da China e da Rússia, com quem o país tem relações fluidas". Internamente, acrescenta Mancilla, o governo tem sido alvo de uma "guerra econômica" organizada "pela imprensa e pelas grandes empresas, que retêm produtos escassos à espera de aumento de preços." [36]

Na eleição presidencial de maio de 2018, Maduro foi reeleito, mas o processo eleitoral foi acusado de várias irregularidades sociais, considerado inválido pelos opositores, mas nada provado. Desde então, políticos de dentro e fora da Venezuela trataram da legitimidade da eleição, posse e exercício da Presidência por Maduro. Alguns poucos países consideram Guaidó como Presidente, o que representa um ataque ao resultado eleitoral, que foi reconhecido pela Rússia, China, México e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA). Maduro é apoiado pela Assembleia Constituinte, enquanto Juan Guaidó é apoiado pela oposição da Assembleia Nacional. Maduro tomou posse em 10 de janeiro de 2019 e até hoje Guaidó contesta a presidência do sucessor de Chávez.

Crise econômica

Habitação

Favela de Caracas vista acima do túnel El Paraíso

Ao longo do governo Maduro, a escassez de habitação continuou a agravar-se. Em 2014, o presidente anunciou que, devido à escassez de aço, os carros e outros veículos abandonados seriam adquiridos pelo governo e transformados em matéria-prima para a produção de vergalhões destinados a construção de moradias. Em abril de 2014, um decreto presidencial determinou que os proprietários de três ou mais imóveis vendessem esses imóveis. Os proprietários que se recusassem a vendê-los estariam sujeitos a multa ou poderiam até mesmo ter seus imóveis desapropriados pelo governo.[37] Em 2016, os moradores de unidades de conjuntos habitacionais populares construídos pelo Estado - unidades que são cedidas gratuitamente aos mais necessitados -, que tradicionalmente apoiavam o governo bolivariano - também começaram a protestar contra a falta de alimentos e outros produtos de primeira necessidade, tais como sabão e remédios.[38]

Escassez de produtos básicos

Ver artigo principal: Escassez na Venezuela
A escassez deixa prateleiras vazias nesta loja Venezuelana.
Venezuelanos comendo comida do lixo

A escassez na Venezuela tem sido predominante a partir da promulgação de controles de preços e outras políticas econômicas de Hugo Chávez.[39] Sob a política econômica do governo Maduro, a maior escassez ocorreu devido à política do governo Venezuelano de retenção de dólares de importadores somada aos controles de preços.[40] A escassez ocorre com produtos que foram regulamentados pelo governo, tais como leite, vários tipos de carne, frango, café, arroz, óleo, farinha, manteiga; e também com produtos de necessidades básicas como papel higiênico, produtos de higiene pessoal e remédios.[41][42] Como resultado da escassez, os venezuelanos devem procurar por comida, ocasionalmente recorrer a comer frutos silvestres ou comida do lixo, esperar em filas por horas e, por vezes, acabar sem ter determinados produtos.[43][44][45][46][47] Derivado da crise econômica, os vendedores e empresários acabam não lucrando com a desvalorização da moeda local. Devido isso, produtores de alimentos acabam não vendo vantagem em continuar a abastecer o país sem retorno financeiro, deixando de abastecer a população venezuelana. Assim que um frango de 2,4 kg é mais caro que o salário mínimo venezuelano, chegando a custar $14600000 bolívares ($2,94 dólares americanos), sendo que o salário mínimo é de $7000000 bolívares ($1,74 dólares americanos), segundo o fotógrafo venezuelano, Carlos Garcia Rawlins.[48]

Inflação

A inflação em 2014 chegou a 68,5 por cento. Essa taxa era uma das mais altas registradas na história do país e a mais alta do mundo em 2013. Até 2015, a inflação havia atingido 180.9 por cento e, até 2016, teve aumento de 800 por cento.[49]

Devido aos problemas inflacionários e à recessão econômica, o banco central parou de liberar indicadores econômicos trimestrais e mensais.[49]

Segundo informações do Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação projetada para até o final de 2018 é de um milhão por cento ao ano.[50] Com isso o governo criou um pacote de medidas para tentar manter o controle econômico no país. Uma delas inclui retirar cinco zeros da moeda, que passou a se chamar Bolivar Soberano em 20 de agosto de 2018.[50]

Crise política

Corrupção

Milhões de pessoas durante protestos em 2016.

A corrupção na Venezuela é alta pelos padrões mundiais e comum a muitos níveis na sociedade venezuelana.[51] No caso da Venezuela, a descoberta de petróleo no início do século XX piorou a corrupção política.[52] Uma pesquisa Gallup de 2014 mostrou que 75% dos venezuelanos acreditam que a corrupção foi generalizada ao longo dos governos.[53] O descontentamento com a corrupção foi citada por grupos alinhados com a oposição como uma das razões para os protestos na Venezuela em 2014-2016.[54]

Reeleição de Maduro

No dia 20 de maio de 2018, Nicolás Maduro foi reeleito para um mandato de seis anos.[55] A eleição foi bastante contestada por opositores de Maduro e por parte da comunidade internacional, que afirmaram não reconhecer o resultado.[56] A eleição teve número recorde de abstenções. Cerca de 54 por cento dos eleitores venezuelanos não foram às urnas. Grande parte da oposição boicotou o pleito, uma vez que o governo de Maduro impediu a participação de seus principais opositores. Com isso, Maduro foi reeleito apesar de seu governo registrar 75% de rejeição com a população local.[55]

Sanções

Após a reeleição, diversos países anunciaram sanções contra o governo de Maduro. Em 21 de maio de 2018, uma ordem executiva baniu o envolvimento de cidadãos norte-americanos em negociações de títulos da dívida da Venezuela e de outros ativos. "Pedimos ao regime de Maduro para restaurar a democracia, realizar eleições livres e justas, libertar todos os presos políticos imediata e incondicionalmente e acabar com a repressão e privação econômica do povo venezuelano", disse Donald Trump em comunicado.[57]

O Grupo de Lima composto por Canadá e 13 países latino-americanos, acordou "reduzir o nível das relações diplomáticas" e agir para bloquear os fundos internacionais para a Venezuela. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, declarou: "não reconhecemos Nicolás Maduro" com presidente da Venezuela.[58]

Crise social

Desemprego

Como resultado da crise, a Venezuela sofreu o maior desemprego de sua história, sendo este um dos maiores problemas dos venezuelanos, devido à inflação e expropriação de empresas privadas por parte do governo. Em 2016 o desemprego atingiu em média 18 por cento,[59] sendo considerado a economia mais miserável do mundo por dois anos consecutivos. Em uma comparação com o segundo país que mais teve desemprego em 2016, Argentina, a Venezuela perdeu quatro vezes mais postos de empregos.[60]

Emigração

Ver artigo principal: Diáspora bolivariana
Pais dizem: "Eu prefiro dizer adeus ao meu filho no aeroporto do que no cemitério"

Tomás Páez, Universidade Central da Venezuela

Milhões de venezuelanos emigraram voluntariamente de seu país natal durante a presidência de Hugo Chávez e Nicolás Maduro,[61][62] em contraste com alta taxa de imigração durante o século XX. A emigração tem sido motivada pelo colapso econômico, pela expansão do controle do estado sobre a economia, alta criminalidade, alta inflação, insegurança e a falta de esperança de uma mudança no governo.[63] Estima-se que mais de 1,5 milhão de pessoas emigraram da Venezuela de 1999 a 2014. Mas estima-se também que 1,8 milhões emigraram apenas no ano de 2015.[64][65] Na primeira parte de 2018, 5000 emigravam em média por dia[66]

Emigração para o Brasil

Ver artigo principal: Imigração venezuelana no Brasil

O estado brasileiro de Roraima, no extremo norte do país, na fronteira com a Venezuela, é um local que recebe um grande número de refugiados venezuelanos. Milhares de pessoas cruzaram a fronteira em busca de alimentos, remédios e uma melhor qualidade de vida.[67] O número de venezuelanos que pediram refúgio no Brasil aumentou 1.036% entre 2013 e 2015. Os dados são do Conselho Nacional para Refugiados (Conare), órgão ligado ao Ministério da Justiça.[68]

Saúde

A crise hospitalar começou a se manifestar no início de 2013 com a escassez de medicamentos.[69] A expectativa de vida diminuiu e aqueles (ou parentes) que sofrem de doenças como câncer, asma, epilepsia, diabetes, doença de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outros, tiveram que enfrentar a escassez de medicamentos de que necessitam, tendo de recorrer a outras denominações ou realizar grandes travessias entre estados para encontrar tais drogas. Além disso, a crise nos hospitais é acentuada pela falta de suprimento, tais como gazes, medicamentos (anti-inflamatórios, tranquilizantes, antialérgicos, entre outros), utensílios tais como bisturis, seringas, agulhas hipodérmicas, hidrogéis, cateteres, entre outros. O custo exorbitante de novos equipamentos obriga a manutenção dos antigos através da limpeza constante, o que é dificultado pela escassez de detergentes comuns e detergentes enzimáticos, causando infecções passíveis de serem transmitidas dentro de hospitais.[carece de fontes?]

Em 2017, o suicídio aumentou 67 por cento entre os idosos e 18 por cento entre menores; em 2018, surgiram relatos de uma taxa de suicídio em rápido crescimento devido a crise.[70]

Opinião pública

Em novembro de 2016 segundo uma pesquisa da Datincorp, os venezuelanos foram perguntados que entidade foi responsável pela crise, com 59%, indicando que o Presidente Chávez (25%), o Presidente Maduro (19%) e o chavismo (15%) foram as causas; enquanto apenas 16% culpou a oposição (10%), empresários (4%) e os Estados Unidos (2%).[71]

Ver também

Outras crises no mesmo período

Referências

  1. «US officials: 16 nations agree to track Venezuela corruption» (em inglês). ISSN 0190-8286 
  2. «Moody's: Political risk poses major challenges to credit in Latin America» 
  3. «Venezuela 2016 inflation hits 800 percent, GDP shrinks 19 percent: document» 
  4. «Venezuela: 75% of population lost 19 pounds amid crisis». UPI (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2017 
  5. «The biggest worry in crisis-ridden Venezuela: crime». Los Angeles Times (em inglês). 6 de junho de 2016. ISSN 0458-3035. Consultado em 1 de maio de 2017 
  6. «Violência urbana: um desafio de proporções epidêmicas». World Bank. Consultado em 10 de outubro de 2018 
  7. «Even sex is in crisis in Venezuela, where Contraceptives are growing scarce» 
  8. «How Populism Helped Wreck Venezuela» 
  9. Venezuelans report big weight losses in 2017 as hunger hits
  10. «Estrategia de Cooperación de OPS/OMS con Venezuela 2006–2008» (PDF) (em espanhol). Pan American Health Organization. 54 páginas. Consultado em 4 de abril de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 24 de outubro de 2006 
  11. Heritage, Andrew. Financial Times World Desk Reference. [S.l.]: Dorling Kindersley. pp. 618–621. ISBN 9780789488053 
  12. Corrales, Javier; Penfold, Michael (2 de abril de 2015). Dragon in the Tropics: The Legacy of Hugo Chávez. [S.l.]: Brookings Institution Press. p. 5. ISBN 0815725930 
  13. «Press release N° 20/10, IACHR publishes report on Venezuela». Inter-American Commission on Human Rights (Nota de imprensa). Organization of American States. 24 de fevereiro de 2010. Consultado em 4 de abril de 2017 
  14. Juan Francisco Alonso (24 de fevereiro de 2010). «IACHR requests the Venezuelan government to guarantee all human rights» (em inglês). El Universal. Consultado em 4 de abril de 2017. Arquivado do original em 2 de janeiro de 2013 
  15. Carrie Schimizzi (24 de fevereiro de 2010). «Venezuela government violating basic human rights : report». Jurist: Legal news and research. Consultado em 4 de abril de 2017. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2013 
  16. Charlie Devereux & Raymond Colitt.
  17. Meade, Teresa.
  18. Corrales, Javier (7 de março de 2013). «The House That Chavez Built». Foreign Policy. Consultado em 4 de abril de 2017 
  19. Corrales, Javier; Romero, Carlos. U.S.-Venezuela relations since the 1990s : coping with mid-level security threats. New York: Routledge. pp. 79–81. ISBN 0415895243 
  20. Siegel, Robert (25 de dezembro de 2014). «For Venezuela, Drop In Global Oil Prices Could Be Catastrophic». NPR. Consultado em 4 de abril de 2017 
  21. Scharfenberg, Ewald (1 de fevereiro de 2015). «Volver a ser pobre en Venezuela». El Pais. Consultado em 4 de abril de 2017 
  22. Gallagher, J. J. (25 de março de 2015). «Venezuela: Does an increase in poverty signal threat to government?». The Christian Science Monitor. Consultado em 4 de abril de 2017 
  23. Corrales, Javier (7 de maio de 2015). «Don't Blame It On the Oil». Foreign Policy. Consultado em 4 de abril de 2017 
  24. Raquel Barreiro (4 de março de 2006). «Mercal es 34% más barato» (em espanhol). El Universal. Consultado em 4 de abril de 2017 
  25. a b «Venezuela's economy: Medieval policies». The Economist (em inglês). 20 de agosto de 2011. Consultado em 4 de abril de 2017 
  26. «Las principales causas de la escasez en Venezuela». Banca & Negocios. 27 de maio de 2014. Consultado em 4 de abril de 2017 
  27. «El ascenso de la escasez». El Universal (em espanhol). 13 de fevereiro de 2014. Consultado em 4 de abril de 2017 
  28. «¿Por qué faltan dólares en Venezuela?». El Nacional. 8 de outubro de 2013. Consultado em 4 de abril de 2017 
  29. Cristóbal Nagel, Juan (4 de junho de 2014). «Poverty Shoots Up in Venezuela». Foreign Policy. Consultado em 4 de abril de 2017 
  30. «2014 Panorama Social de América Latina» (PDF). United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean. United Nations. Consultado em 4 de abril de 2017 
  31. «Post-Chavez, Venezuela Enters a Downward Spiral» (em inglês). Wharton School of the University of Pennsylvania. Consultado em 4 de abril de 2017 
  32. «Venezuela's April inflation jumps to 5.7 percent: report» (em inglês). Reuters. 17 de maio de 2014. Consultado em 6 de julho de 2017 
  33. «Venezuela's black market rate for US dollars just jumped by almost 40%». Quartz. 26 de março de 2014. Consultado em 4 de abril de 2017 
  34. Kevin Voigt (6 de março de 2013). «Chavez leaves Venezuelan economy more equal, less stable» (em inglês). CNN. Consultado em 6 de julho de 2017 
  35. Juan Cristóbal Nagel (13 de julho de 2015). «Looking Into the Black Box of Venezuela's Economy» (em inglês). Foreign Policy. Consultado em 6 de julho de 2017 
  36. Crise na Venezuela se deve a boicote externo, diz assessor de Maduro Por Marsílea Gombata. Valor Econômico, 23 de agosto de 2017.
  37. Raul Gallegos (2 de abril de 2014). «In Venezuela, Sell Your House or Lose It» (em inglês). Bloomberg. Consultado em 6 de julho de 2017 
  38. «In Venezuela's housing projects, even loyalists have had enough» (em inglês). The Guardian. 21 de maio de 2016. Consultado em 6 de julho de 2017 
  39. «Venezuela's currency: The not-so-strong bolívar». The Economist. 11 de fevereiro de 2013. Consultado em 4 de abril de 2017 
  40. Dulaney, Chelsey; Vyas, Kejal (16 de setembro de 2014). «S&P Downgrades Venezuela on Worsening Economy Rising Inflation, Economic Pressures Prompt Rating Cut». The Wall Street Journal. Consultado em 4 de abril de 2017 
  41. «La escasez también frena tratamientos contra cáncer». Consultado em 4 de abril de 2017. Arquivado do original em 26 de agosto de 2014 
  42. «Venezuela sufre escasez de prótesis mamarias». Consultado em 4 de abril de 2017 
  43. «Why are Venezuelans posting pictures of empty shelves?». BBC. 8 de janeiro de 2015. Consultado em 4 de abril de 2017 
  44. Cawthorne, Andrew (21 de janeiro de 2015). «In shortages-hit Venezuela, lining up becomes a profession». Reuters. Consultado em 4 de abril de 2017 
  45. Elizabeth MacDonald (26 de maio de 2016). «Exclusive : Harrowing Video Shows Starving Venezuelans Eating Garbage, Looting». Fox Business. Consultado em 6 de julho de 2017 
  46. Sanchez, Fabiola (8 de junho de 2016). «As hunger mounts, Venezuelans turn to trash for food». Associated Press. Consultado em 4 de abril de 2017 
  47. «Mangoes fill the gaps in Venezuela's food crisis». Canadian Broadcasting Corporation. 7 de junho de 2016. Consultado em 4 de abril de 2017 
  48. Brasil, BBC (20 de Agosto de 2018). «Fotógrafo mostra montanha de dinheiro necessária para comprar itens básicos na Venezuela». BBC News Brasil. Consultado em 23 de Agosto de 2021 
  49. a b «Inflação na Venezuela chega a 800% e PIB recua quase 19% em 2016». Extra. Globo.com. 20 de janeiro de 2017. Consultado em 4 de abril de 2017 
  50. a b «Após conflito, governo diz que reforçará segurança e que enviará voluntários na área de Saúde para Roraima». G1. Globo.com. 19 de agosto de 2018. Consultado em 20 de agosto de 2018 
  51. Sibery, Brian Loughman, Richard A. (2012). Bribery and corruption : navigating the global risks. Hoboken, N.J.: Wiley. ISBN 978-1118011362 
  52. From 1917, "greater awareness of the country's oil potential had the pernicious effect of increasing the corruption and intrigue amongst Gomez's family and entourage, the consequences of which would be felt up to 1935 – B. S. McBeth (2002), Juan Vicente Gómez and the Oil Companies in Venezuela, 1908–1935, Cambridge University Press, p17.
  53. «Venezuelans Saw Political Instability Before Protests». Gallup. Consultado em 4 de abril de 2017 
  54. «Venezuelans in US March Against Their Country's Violent, Corrupt Government». Christian Post. Consultado em 4 de abril de 2017 
  55. a b «Nicolás Maduro é reeleito presidente da Venezuela; mandato é de seis anos». Último Segundo. iG 
  56. «Treze países não reconhecem resultado da eleição na Venezuela». Veja. Abril. 21 de maio de 2018. Consultado em 21 de maio de 2018 
  57. «Após reeleição de Maduro, EUA impõem novas sanções econômicas à Venezuela». G1. Globo.com. 21 de maio de 2018. Consultado em 22 de maio de 2018 
  58. «Maduro recebe enxurrada de sanções e repúdio internacional após reeleição». Estado de Minas. 22 de maio de 2018. Consultado em 22 de maio de 2018 
  59. «Unemployment rate» 
  60. Catarina Saraiva e Michelle Jamrisko (4 de fevereiro de 2016). «Venezuela deve continuar como economia mais miserável do mundo». Bloomberg. Uol. Consultado em 4 de abril de 2017 
  61. «Best and brightest for export» 
  62. «Hugo Chavez is Scaring Away Talent» 
  63. «Venezuelan Diaspora Booms Under Chávez» 
  64. «1,8 millones de venezolanos han emigrado en 10 años» 
  65. «PGA Group estima que 1,8 millones de venezolanos han emigrado en 10 años» 
  66. «'Their Country Is Being Invaded': Exodus of Venezuelans Overwhelms Northern Brazil» 
  67. «Roraima espera maior migração de venezuelanos este ano». Consultado em 6 de Abril de 2017 
  68. Leandro Prazeres (26 de fevereiro de 2016). «Crise faz pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil crescerem 1.036% em 2 anos». Uol. Consultado em 5 de abril de 2017 
  69. «Venezuela: falta de medicamentos agrava crise na saúde». Exame. Abril. 8 de maio de 2014 
  70. Andrew Rosati (24 de outubro de 2018). «Suicides Surge in a Hopeless Venezuela» (em inglês). Bloomberg. Consultado em 5 de fevereiro de 2020 
  71. «INFORME DE COYUNTURA PAÍS VENEZUELA - NOVIEMBRE 2016». Scribd (em inglês). Datincorp. Consultado em 4 de abril de 2017