O termo Crise do Sputnik foi cunhado pelo presidente dos Estados Unidos Dwight D. Eisenhower, no final da década de 1950, para enfatizar a insatisfação com os resultados inicias dos primeiros passos estadunidenses na corrida espacial, que então, se mostrava totalmente favorável à União Soviética, e também o conjunto de medidas tomadas visando reverter essa situação.[1]
A Crise do Sputnik foi um evento chave na Corrida espacial. Apesar de o Sputnik, por si só, não representar nenhum perigo iminente, a sua órbita contínua acentuava a ameaça velada que a União Soviética exercia sobre os Estados Unidos desde o início da Guerra fria, logo após a Segunda Guerra Mundial. O mesmo foguete que lançou o Sputnik, poderia facilmente, levar uma ogiva atômica a qualquer parte do Mundo em questão de minutos, transpondo com facilidade a proteção contra ataques que os oceanos desempenharam até então nas duas Guerras Mundiais. A União Soviética já tinha demonstrado essa capacidade em 21 de agosto de 1957, quando anunciou um teste bem sucedido do propulsor R-7 Semiorka, num voo de seis mil quilômetros de alcance. A agência TASS anunciou o evento cinco dias depois, e o evento foi bastante divulgado por muitos outros veículos de comunicação.
Menos de um ano depois do lançamento do Sputnik, o congresso americano aprovou uma lei implementando um programa de científico quatro anos que injetou bilhões de dólares no sistema educacional estadunidense. De 1959 para 1960, graças a essa lei, o total do orçamento nessa área cresceu aproximadamente seis vezes.[2]
Essas foram as iniciativas tomadas pelo governo dos Estados Unidos em consequência da Crise do Sputnik:[3]
Num esforço conjunto do departamento de Astronomia e do Laboratório de Computação Digital da UIUC, a órbita do Sputnik foi calculada em apenas dois dias (um feito para a época).
Foi dada ênfase ao Projeto Vanguard da Marinha para lançar um satélite Norte americano em órbita, além de revitalizar o Programa Explorer do Exército, que acabou lançando o primeiro satélite americano em 31 de janeiro de 1958.[4]
Em fevereiro de 1958, setores políticos e de defesa, reconheceram a necessidade de uma organização de alto nível para executar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, e criou a Advanced Research Projects Agency (ARPA), que mais tarde se tornou a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).
Em 29 de julho de 1958, o presidente Eisenhower, assinou o National Aeronautics and Space Act, lei que criava a NASA.
Programas educacionais específicos foram criados para forjar uma nova geração de Engenheiros.
Através do National Defense Education Act, o Congresso aumentou muito o suporte à pesquisas científicas. A National Science Foundation (NSF), recebeu cerca de $100 milhões a mais que no ano anterior. Em 1968, o orçamento da NSF era de cerca de $500 milhões.
A Gerência de projetos, foi objeto de muita discussão e estudos, levando ao conceito moderno de gerenciamento de projeto e a definição de modelos padronizados, como o PERT usado pelo Departamento de Defesa no projeto Polaris.
↑Bruccoli, Matthew J.; Bondi, Victor / Baughman, Judith / Layman, Richard / Tompkins, Vincent. (1994). American Decades. 1950—1959. [S.l.]: Gale Research. p. 190. ISBN0-810-35727-5A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)