A Crise académica de 1962 foi um dos mais expressivos levantamentos estudantis contra o Estado Novo ou Segunda República de Portugal. Está na origem da comemoração do "Dia do Estudante" a 24 de Março.
Principais acontecimentos
24 de Março - o Governo de Salazar proíbe as comemorações tradicionais do Dia do Estudante. A Polícia de Choque invade a Cidade Universitária, carregando sobre centenas de jovens;
26 de Março - os estudantes de todas as escolas superiores de Lisboa declaram luto académico (greve geral às aulas);
9 de Maio - um plenário de estudantes aprova uma nova forma de protesto: uma greve de fome coletiva, na cantina. A medida foi proposta por Eurico Figueiredo e seguida por centenas de estudantes como António Correia de Campos.
11 de Maio - a cantina foi cercada pela polícia de choque e os estudantes foram detidos (cerca de 800, segundo a versão da PSP ou cerca de 1200 segundo as associações de estudantes). Foi a maior operação policial realizada pelo Estado Novo.
14 de Maio - Após uma enorme onda de indignação, todos os estudantes detidos são libertados.