Os princípios básicos de operação da ICANN têm sido descritos como ajudar a preservar a estabilidade operacional da Internet; a promover competição; alcançar ampla representação da comunidade global da Internet, e desenvolver políticas de forma adequada à sua missão através de processos baseados em consentimento.
Atualmente, a ICANN é organizada formalmente como uma corporação sem fins lucrativos com interesses "públicos e de caridade". Ela é gerenciada por um conselho de 16 diretores, dos quais 8 são selecionados por um Comitê Seletivo, no qual todos as áreas que a compõe são representadas, seis são representantes das organizações que lhe dão suporte, um é representante de uma organização At-Large, e por fim, o CEO, que é escolhido pelo conselho.
Atualmente, três organizações dão suporte à ICANN.[3] A Generic Names Supporting Organization (GNSO) cuida da parte política da criação de top-level domains genéricos (gTLDs). A Country Code Names Supporting Organization (ccNSO) cuida da parte política da criação de country-code top-level domains (ccTLDs). A Address Supporting Organization (ASO) cuida da parte política da criação de endereços de IP.
A ICANN também confia a comitês consultivos os conselhos sobre o interesse e necessidades dos envolvidos que não participam diretamente das Organizações que lhe dão suporte. Isso inclui o Governmental Advisory Committee (GAC), que é composto por representantes de vários governos do mundo inteiro. O At-Large Advisory Committee (ALAC) é composto por representantes de organizações de usuários individuais espalhados pelo mundo. O Root Server System Advisory Committee (RSSAC) provê conselhos na operação do sistema de servidores raíz do DNS. O Security and Stability Advisory Committee (SSAC), composto por especialistas em Internet que estudam problemas de segurança, também estão envolvidos. O Technical Liaison Group (TLG) é composto por representantes de outras organizações técnicas internacionais que tem foco, ao menos parcial, na Internet, que também tem interesse em aconselhar a ICANN.
Decisões e ações
Desde a sua criação em 1998, como parte de suas responsabilidades, a ICANN toma e implementa decisões que afetam a segurança e a distribuição de recursos da infraestrutura da Internet. Dentre as suas principais decisões e ações, destacam-se:
Introduziu a concorrência de mercado para registros de nomes de domínio genéricos (gTLDs), o que levou a uma redução de custos de 80% nos nomes de domínio e para as empresas e consumidores representa uma economia de mais de US$ 1 bilhão por ano em taxas de registro de domínios.[carece de fontes?]
Implementou uma política uniforme para disputas por nomes de domínio (UDRP), que já foi usada para resolver mais de 5 mil conflitos quanto aos direitos sobre nomes de domínio. A UDRP foi criada para ser eficiente e econômica.
Ao trabalhar em coordenação com as comunidades técnicas apropriadas e as partes envolvidas, a ICANN adotou diretrizes para a introdução dos nomes de domínio internacionalizados (IDNs), abrindo o caminho para o registro de domínios em centenas de idiomas diferentes.
Entre 2005 e 2006, foram lançados mais quatro novos domínios de topo patrocinados (.cat, .jobs, .mobi e .travel). No momento, a Generic Names Supporting Organization (GNSO) da ICANN está desenvolvendo recomendações de normas para a introdução de outros gTLDs.
Em resposta a dúvidas da comunidade sobre privacidade e acessibilidade, a ICANN está promovendo vários workshops sobre o serviço Whois, a base de dados pública de cadastros de nomes de domínio.
Com o desenvolvimento do IPv6, o novo protocolo para atribuição de números para endereços IP, a ICANN continua seu trabalho para manter a interoperabilidade global da rede.
Críticas
Apesar de gerir um recurso utilizado por todo o planeta, a ICANN segue subordinada a um departamento de estado dos Estados Unidos da América. Muitos países vem pressionando os EUA a admitir uma gestão compartilhada da organização.
Mais recentemente, a abertura de novos domínios de topo vem causando polêmica entre empresas, organizações de segurança e ativistas da internet, por aumentar o custo da proteção de marcas, facilitar golpes virtuais e permitir uma promoção desigual da identidade ligada ao poder econômico.