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Conversão de base espacial é a troca de um sistema de base tridimensional de coordenadas por outro.
Introdução
Um ponto pode ser representado no espaço por meio de:
Coordenadas cartesianas: usando-se os valores de x, y e z no qual este ponto se projeta sobre os respectivos eixos;
Coordenadas cilíndricas: usando-se a distância entre a origem e o ponto projetado sobre o planoXY, o ângulo deste ponto no mesmo plano e a projeção deste ponto no eixo Z;
Coordenadas esféricas: usando-se a distância entre a origem e o ponto, o ângulo da projeção do ponto no plano XY e o ângulo entre o eixo Z e o vetor
Em todos estes casos o ponto é posicionado no espaço, colocando-o em algum tipo de relação com a posição dos eixos que formam a base do sistema. Porém, pode ser necessário representar este mesmo ponto, na mesma posição, tomando por base um novo conjunto de eixos, com outra posição e orientação. Neste caso aplica-se uma mudança de base.
Método
A mudança de base com deslocamento e com rotação não é feita num único passo, porém os passos indicados são cumulativos, assim caso haja somente uma das mudanças somente o métodos respectivo necessita ser aplicado. Se forem as duas aplica-se ambos:
Mudança de posição
Tomando-se em conta o sistema cartesiano simplesmente é necessário deslocar o ponto no mesmo valor em que a origem dos sistemas e destino foram deslocados.
Exemplo do ponto P(a, b, c) no sistema A(1, 2, 0) para o sistema B(2, 0, -5):
No sistema B o ponto P passaria a ser representado por: P((1-2), (2-0), (0-(-5))) = P(-1, 2, 5)
Mudança de orientação
A mudança entre bases que estão rotacionadas entre si pode ser feita com o uso de uma matriz de mudança de base (também chamada de matriz de transição ou de passagem).
Supondo a passagem do ponto da base A para base B. Então o ponto (P em B), seria dado por:
Onde a matriz de mudança de base é formada pelas coordenadas dos vetores unitários que representam os novos eixos na base original. Em outras palavras: e formam as coordenadas do novo eixo X quando representado na base original. O índice 2 é para o vetor Y e o 3 para o vetor Z.
Exemplo de uso prático
Um exemplo clássico é a projeção de desenhos em monitores de computador. SoftwaresCAD por exemplo, trabalham em memória com um modelo 3D do objeto sendo desenhado, porém ao mostrar na tela é necessário convertê-lo para 2D e reposicioná-lo caso o operador arraste o desenho de um lado para outro. Para realizar estas tarefas vários algoritmos são usados, sendo que um deles envolve mudanças de base.
Quando o software precisa mostrar a face traseira de um cubo por exemplo, ele tomas as seguintes medidas:
Obtém uma representação atual deste cubo no sistema de coordenadas original, que vamos chamar de s0.
Cria um novo sistema de coordenadas na qual rotacionou algum eixo, no caso (para ver a traseira), ele teria que rotacionar o eixo Z 180 graus, então vamos chamar este sistema de s180.
Aplica uma mudança de base de todos os pontos do cubo do sistema s0 por um sistema s180.
Simplesmente ignora o sistema s0 e passa a trabalhar com o s180 como se fosse o s0.
Veja que quando aplicamos mudança de base o cubo passou para o s180 ainda de frente. Quando passamos a ignorar o fato do s180 estar rotacionado 180 graus e simplesmente dizemos que ele na verdade é o s0 ai sim passamos a ver o cubo de trás para frente.
Aplica algum algoritmo que faça a conversão de coordenadas 3D para 2D e finalmente desenha a versão 2D na tela.
Referências
Lima, Roberto de Barros; Curso básico de vetores. Uma introdução à Álgebra Linear (3a. edição). São Paulo.