A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) é a maior convenção nacional das Assembleia de Deus do Brasil, uma sociedade civil de natureza religiosa, sem fins lucrativos[5] com a finalidade de agregar e coordenar as igrejas Assembleias de Deus no território brasileiro. Suas escolas são regidas por legislação do CEC (Conselho de Educação e Cultura), bem como outras (inclusive Faculdades - MEC) credenciadas por ela. Mantém a CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) como editora oficial da denominação. É presidida pelo Pr. José Wellington Costa Junior desde 03 de julho de 2017.[6] Sua sede está localizada em Rio de Janeiro.
História
A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento no país das Assembleia de Deus, devido ao estupendo crescimento do movimento pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.
A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal - RN em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembléia Geral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembléia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros.
De acordo com um censo da denominação em 2013, ela disse ter 12 milhões membros.[7]
Primeiras resoluções
Nestes anos de início, a liderança nacional decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.
As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus, foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1930 a 1938.
Nessas Assembleias Gerais deram-se longos debates sobre as características e identidade da igreja, o que hoje são por nós conhecidas como “usos e costumes”.
As primeiras resoluções também tratavam acerca de alguns pontos doutrinários, principalmente no que se referia a conduta dos obreiros e que deveriam caracterizar a igreja sendo adotados por todas as Assembleia de Deus no Brasil. A igreja experimentava um extraordinário crescimento e chegava aos mais longínquos recantos do país. Entre os anos de 1938 e 1945, quando deu-se os rumores e finalmente o transcorrer da Segunda Guerra Mundial líderes das Assembleias de Deus tinham enormes dificuldades de se locomoverem pelo país, e por causa desse fator não foram realizadas nenhuma assembléia convencional dos anos de 1939 e 1945.[8]
Participação política
Em 2015 a Convenção mobilizou mais de 40 mil pastores para a coleta de assinaturas que possibilitem a criação de um novo partido político que reúna todos os políticos da denominação. O nome proposto do partido é Partido Republicano Cristão - PRC, cujo objetivo é envolver todas correntes políticas dentro da igreja.[9][10]
Pastores Presidentes da CGADB
Cicero Canuto (1930, 1945, 1947 e 1956-57)
Gunnar Vigren (1931)
Joel Carlson (1932)
Samuel Nystrom (1933-34, 1936, 1941-44, 1946 e 1948)
Oto Nelson (1935)
Paulo Leivas Macalão (1937)
José Bezerra da Silva (1940)
Neils Julius (1949-50)
Hebert Gustavo (1951-52)
Francisco Pereira (1953-55 e 1958-59)
João Batista da Silva (1959-62 e 1973)
Antônio Petrolino (1962)
José Amaro da Silva (1962-64)
José Pimentel (1964, 1973-75, 1975-77, 1981-83 e 1985-87)
Antônio Granjeiro (1964-66)
Túlio Barros (1966, 1975 e 1979-81)
João Alves (1966-71 e 1971-73)
Alípio da Silva (1971)
Luiz Bezerra (1979)
Manoel Ferreira (1983-85) bispo primaz da Convenção de Madureira: 1989-
Alcebíades Vasconcelos (1987-88)
José Wellington (1988-89, 1990-92 e 1995-2016)
Avelino da Silveira (1989-90)
Sebastião de Souza (1993-94)
José Wellington Jr. (2017- )
Notas
- ↑ As Assembleias de Deus são igrejas locais autônomas, independentes, com autogoverno e sem interferência externa, em conformidade com o governo congregacional oriundo de sua origem batista.[1] Contudo, algumas dessas igrejas locais são formadas pelo que é denominado "Ministério", uma formação de igreja local constituída por "igreja-sede", "igrejas filiais", "congregações" e "pontos de pregação" sem restrição geográfica ou "Campo", a mesma formação estrutural apresentado pelos "Ministérios", mas com a diferença de possuírem uma determinada restrição geográfica.[1][2] Tais igrejas locais, "ministérios" e "campos" podem desenvolver um governo congregacional com elementos episcopais ou presbiterianos.[3]
Referências
- Almeida, Abraão de. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
- Conde, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
- Freston, Paul. "Breve Historia do pentecostalismo brasileiro". Antoniazzi, A. (org.). Nem anjos nem demônios interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.
Ligações externas