Conde de Norfolk

O título de conde de Norfolk foi criado por diversas vezes em Inglaterra. Esse título está associado ao condado de Norfolk.

História do título

O título de "earl" (conde) de Ânglia Oriental era um título anglo-saxão de Girto. Ele foi morto na batalha de Hastings durante a conquista normanda da Inglaterra, em 1066.

O título foi recriado por volta de 1067 por Guilherme, o Conquistador, muito possivelmente antes do seu regresso ao ducado da Normandia, para Ralph l'Écuyer, um bretão instalado na Ânglia Oriental antes da conquista[1]. O seu filho Raul de Gael sucedeu-lhe por volta de 1069[1]. Foi-lhe retomado em 1075 por traição, após a revolta dos condes.

A primeira dinastia a ter o título é a da família Bigot, no século XII e XIII. Mais tarde, o título é obtido pelo Mowbray que foram também duques de Norfolk. Como os Bigot descendiam de uma linhagem feminina de Guilherme Marechal, herdaram o título de conde Marshal, ainda pertencente aos duques de Norfolk.

À morte de Rogério em 1306, e não tendo descendentes, o título e as posses voltaram para a coroa. Em 1312 o título foi recriado por Eduardo I de Inglaterra para o seu filho Tomás de Brotherton. Tomás Mowbray foi feito duque de Norfolk em 1397, e a sua avó, então condessa de Norfolk, foi também feita duquesa. à morte de João III Mowbray (4º duque) em 1476, só existia Ana como herdeira, a sua filha de 4 anos de idade. Esta herdou portanto o título de condessa, mas não o de duquesa. A 15 de janeiro de 1478, com 5 anos de idade, esta casa-se com Ricardo de Shrewsbury, duque de Iorque, filho de Eduardo IV de Inglaterra, também ele com 4 anos de idade. Esse casamento permitiu a seu pai controlar os vastos domínios da sua nora.

Com a morte de Eduardo IV em 1483, e após investigação, descobriu-se que este teria contraído um matrimónio secreto antes de seu casamento oficial, sendo portanto bígamo, e por consequência o novo rei Eduardo V e o seu irmão Ricardo de Shrewsbury eram ilegítimos. É portanto Ricardo III que sucede a Eduardo V após ter casado, fechando os seus dois sobrinhos na torre de Londres "para a sua segurança", de onde nunca mais sairiam. O destino que tiveram é totalmente desconhecido.

Conde da Ânglia Oriental (c. 1067)

Título confiscado por traição.

Segunda criação (1141)

Regresso à coroa.

Terceira criação (1312)

É retomado o título de duque.

Em 1476 o ducado fica temporariamente inativo.

Quarta criação (1481)

Quinta criação (1644)

Para seguir, ver duque de Norfolk.

Referências

  1. a b C. P. Lewis, The Early Earls of Norman England, em Anglo-Norman Studies - XIII. Proceedings of the Battle Conference 1990, Ed. Marjorie Chibnall (1991), Boydell & Brewer Ltd, p. 225-242. ISBN 0851152864