O registo existente para o concílio é conhecido como "Parochiale Suevorum"; não inclui as atas do concílio, mas uma carta do rei como preâmbulo, seguido duma lista das dioceses com as respetivas paróquias.
Em alguns manuscritos é o nome do rei Miro, sucessor de Teodemiro, que é dado como promotor do concílio.
É de notar que alguns historiadores declararam que o documento original não é autêntico.[2] Desde do estudo de Pierre David,[3] o Paroquial é em geral tido como autêntico, tendo em conta que as novas dioceses do Paroquial são idênticas aos do Segundo Concílio de Braga de 572,[4] ainda que muitas das paróquias citadas sejam de outro modo desconhecidas. Mas mesmo se a lista de dioceses e paróquias for correta, nada contradiz que a introdução muito favorável à diocese de Lugo não tenha sido acrescentada mais tarde.[5]
Apesar da veracidade duvidosa do Concílio de Lugo, as dioceses enumeradas terão de facto sido criadas muito perto da data de 569, indicada no documento: "Tempere Suevorum sub Era DCti VII em die Kalendarum lanuariarum, Theodemirus princeps Suevorum concilium in civitate Lucensi…"[6] (dia 1 de janeiro de 569).
BARLOW, Claude W. Martini Episcopi Bracarensis opera omnia. New Haven: Yale University Press, 1950.
DAVID, Pierre. Études historiques sur la Galice et le Portugal du VIe au XIIe siècle. Lisboa: Livraria Portugália Editora, 1947.
Itineraria et alia geographia (Corpus Christianorum Series Latina 175). Turnholt: Brepols, 1965.
THOMPSON, E. A. "The Conversion of the Spanish Suevi to Catholicism." Visigothic Spain: New Approaches. ed. Edward James. Oxford: Oxford University Press, 1980.