Clara Isabel Alegría Vides (Estelí, 12 de maio de 1924 — Manágua, 25 de janeiro de 2018), também conhecida como Claribel Alegría, foi uma poetisa, romancista e jornalista de literatura moderna da Nicarágua. Em 2006, recebeu o Prêmio Literário Internacional Neustadt.
Vida
Alegría nasceu em Estelí, na Nicarágua. Aos nove meses de idade, seu pai foi exilado devido à violação dos protestos de direitos humanos durante a ocupação da Nicarágua pelos Estados Unidos. Como resultado disso, Claribel cresceu em Santa Ana, um município de El Salvador, cuja é a origem de sua mãe. Claribel Alegría se considerava como nicaraguense-salvadorense.[1][2] Apesar da idade nova para escrever e ler, começou a compor poesias aos seis anos de idade e ditá-las para sua mãe, que as registrava posteriormente. Alegría citava "Cartas a um jovem poeta", obra de Rainer Maria Rilke, como um ímpeto para a sua habilidade poética.[3] Aos dezessete anos de idade, publicou seus primeiros poemas no Repertorio Americano, uma divisão cultural da América Central. Tempos depois, o educador mexicano José Vasconcelos organizou a educação final de Alegría em Hammond, Luisiana.[4] Em 1943, mudou-se para os Estados Unidos e em 1948 recebeu o diploma de bacharelado em artes em filosofia e letras na Universidade George Washington.[5] Alegría mantinha comprometimento com a resistência não-violenta. Mantinha uma relação fidedigna com a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), responsável pela derrubada de Anastasio Somoza Debayle do poder e pela tomada do controle do governo nicaraguense em 1979. Retornou à Nicarágua no ano de 1985 para ajudar na reconstrução do país. Anos depois, passou a viver em Manágua e veio a falecer em 23 de janeiro de 2018, aos 93 anos de idade.[6][7]
Obras publicadas
- Anillo de silencio (1948)
- Suite de amor, angustia y soledad (1950)
- Vigilias (1953)
- Acuario (1955)
- Tres cuentos (1958)
- Huésped de mi tiempo (1961)
- Vía única (1965)
- Cenizas de Izalco (1966)
- Aprendizaje (1970)
- Pasaré a cobrar y otros poemas (1973)
- Sobrevivo (1978, Prêmio Casa de las Américas de Poesía)
- La encrucijada salvadoreña (1980)
- Nicaragua: la revolución sandinista (1980)
- Flores del volcán; Suma y sigue (1981)
- Flowers from the Volcano (1983)
- No me agarran viva: la mujer salvadoreña en lucha (1983)
|
|
- Para Romper El Silencio: Resistencia Y lucha en las cárceles salvadoreñas (1983)
- Álbum familiar (1984)
- Despierta, mi bien, despierta (1986)
- Luisa en el país de la realidad (1987)
- Cenizas de Izalco (1989)
- Woman of the River (Pitt Poetry Series) (1989)
- They Won't Take Me Alive: Salvadoran Women in Struggle for National Liberation (1990)
- Family Album (1991)
- Fugue (1993)
- Death of Somoza (1996)
- Thresholds/Umbrales: Poems (1996)
- Tunnel to Canto Grande (1996)
- El Nino Que Buscaba A Ayer (1997)
- Sorrow (1999)
- Casting Off (2003)
- Soltando Amarras (2003)
|
Títulos
Referências