O Clan del Golfo é uma organização paramilitar na Colômbia envolvida no narcotráfico e no conflito armado que ocorre no país.[1] Conhecida como Clan Úsuga ó Los Urabeños, é considerado o grupo neo-paramilitar mais poderoso da Colômbia, com cerca de 1.200 membros no círculo interno da organização;[1] sua principal fonte de renda é o tráfico de drogas.[2]
Um dos muitos grupos formados por ex-chefes paramilitares de nível intermediário, o Clan do Golfo têm feito as taxas de homicídio subirem rapidamente nos departamentos do norte da Colômbia. O grupo, é atualmente uma das mais ambiciosas e implacáveis organizações de tráfico de drogas da Colômbia, sendo considerado o grupo paramilitar mais perigoso e mais bem estruturado do país, pelo número de combatentes que o compõem, pelas áreas onde estão presentes e pelo grande número de remessas de drogas que traficam a nível nacional e internacional.[3][4]
A base de poder do grupo está nos departamentos de Antioquia, Chocó e Córdoba, e também têm presença em La Guajira, Cesar, Santander e nas principais cidades, incluindo Medellín e Bogotá.[5] Entre suas atividades criminosas incluem o tráfico de drogas, assassinatos e massacres de civis e membros das forças de segurança e da polícia nacional,[6][7][8][9] o chamado "imposto revolucionário",[10][11] sequestro,[12] extorsão,[13] ataques terroristas com bombas,[14] deslocamento forçado da comunidade civil e camponesa[15][16] e recrutamento indiscriminado de menores de idade.[17]
Segundo fontes oficiais das autoridades nacionais, o grupo atua em 181 municípios território colombiano.[18]
Possui uma forte rivalidade com outras organizações emergentes como Los Paisas, Los Rastrojos e Oficina de Envigado. De acordo com vários relatórios do governo, o grupo paramilitar mantém vínculos com a guerrilha das FARC, no processamento e tráfico drogas.[19] De acordo com a polícia nacional e o DEA, o Clan do Golfo exportam toda a cocaína para a América Central, através de submarinos construídos de forma artesanal;[20] também enviam cocaína a vários cartéis mexicanos.[21]
No final de 2011, o Clan do Golfo declarara guerra à Los Rastrojos pelo controle do tráfico de drogas na cidade de Medellín.[22] O Clan do Golfo é uma das organizações que surgiram após a desmobilização das Autodefesas Unidas da Colômbia.
Emergindo do paramilitarismo, a organização continua a visar especificamente os partidos políticos, sindicatos e associações de esquerda. É um dos principais perpetradores de assassinatos selectivos de líderes comunitários e sociais, activistas políticos esquerdistas e deslocações forçadas. Em Outubro de 2017, publicou um panfleto intitulado "Plano de Pistola contra a União Patriótica" no qual ameaçou de morte membros deste partido político ou ONGs.
O Clã do Golfo recrutou cúmplices ao mais alto nível da hierarquia militar, tais como generais e coronéis. [23][24]
Referências